Topo

Marcel Rizzo

Como o Flamengo pode economizar até 30% se conseguir a gestão do Maracanã

Marcel Rizzo

09/11/2016 05h02

Um dos principais motivos para o Flamengo insistir em ter a gestão do Maracanã é o de diminuir os custos operacionais do estádio em dia de jogos.

Se a concessão acabar nas mãos de uma empresa, a estimativa de gasto é de R$ 590 mil para partida com o campo cheio (65 mil espectadores) – o concessionário poderia determinar certos fornecedores, conforme contratos firmados.

Ao gerir o estádio com um parceiro, com seus fornecedores contratados por meio de comparações de orçamento, a diretoria do Flamengo espera economizar até 30% da operação.

Contra o Corinthians, dia 23 de outubro, com 65.743 pessoas no Maracanã, o Flamengo gastou R$ 414.908 com esse gerenciamento. Bate nos 30% a menos do que os preços estimados anteriormente por Flamengo e Fluminense, outro clube que tem intenção de gerir o Maracanã — a gestão foi do clube com parceiro.

Se ganhar a concessão, o Flamengo deve fechar acordo com a empresa CSM para fazer suas operações de jogos. Esses gastos consistem em segurança, limpeza, postos médicos, ambulância, orientação ao público, grades, brigadistas, credenciamento, carros elétricos para acessibilidade, entre outros pontos.

Hoje, o Maracanã está concedido à Odebrecht, construtora que liderou a reforma para a Copa de 2014. A empresa, porém, quer devolvê-lo ao Governo do Rio, que também não pretende ficar com o estádio, devido ao alto custo de manutenção (estima-se que ultrapasse os R$ 10 milhões por ano).

O Flamengo defende uma licitação, onde concorreria ao lado de parceiros. A Odebrecht, porém, com o aval do Governo, está propensa a vender a concessão à empresa francesa Lagardere, como publicou a ESPN.

O Flamengo, apurou o blog, é contra. Um dos motivos é que a Ferj (Federação Estadual de Futebol do Rio) participa do projeto dos franceses. A Lagardere tem como parceira no Brasil a BWA, empresa que ficou conhecida por fazer a operação na entrada dos estádios por meio de catracas eletrônicas.

O grupo francês gerencia no Brasil a Arena Castelão, em Fortaleza, e o Independência, em Belo Horizonte.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

Sobre o Blog

Notícias dos bastidores do esporte, mas também perfis, entrevistas e personagens com histórias a contar.