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Marcel Rizzo

STJD adia julgamento e garante Grêmio em casa na final da Copa do Brasil

Marcel Rizzo

02/12/2016 11h30

O pleno (última instância) do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) adiou o julgamento que estava marcado para a tarde desta quinta-feira (1), em São Paulo.

O motivo foi em respeito ao acidente com o voo da Chapecoense em Medellín (COL), na terça (29), que matou 71 pessoas, mas o adiamento evitou também uma saia-justa ao tribunal. Na pauta do julgamento estava o recurso do Grêmio contra a perda do mando de campo na final da Copa do Brasil.

O STJD colocou a análise do recurso para o dia 1º, justamente um dia depois que a decisão estava marcada, para evitar tirar a partida da casa gremista, depois das críticas que recebeu pela punição em primeira instância, considerada exagerada pela opinião pública.

Como o tribunal concedeu efeito suspensivo ao time gaúcho, o Grêmio enfrentaria normalmente o Atlético-MG em sua arena, na quarta (30) e, se mantida a condenação no dia seguinte, só cumpriria a punição na Copa do Brasil de 2017.

O problema é que o jogo foi adiado para 7 de dezembro também devido ao acidente com a delegação da Chapecoense. Se houvesse o julgamento nesta quinta, a punição poderia ser mantida, o efeito suspensivo perderia a validade, e o jogo sairia novamente da arena gremista, o que causaria imensos transtornos — todos os ingressos foram vendidos, por exemplo.

A melhor opção, então, foi adiar. Ainda não há data para o julgamento, que tem outros oito itens na pauta, acontecer, mas deve ser na próxima semana.

A invasão

Após a classificação gremista à decisão da Copa do Brasil, em 3 de novembro, Carolina Portaluppi, filha do técnico Renato Gaúcho, entrou no gramado, o que é proibido.

Os membros da terceira comissão (primeira instância) do STJD entenderam que houve infração ao artigo 213 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que prevê "deixar de prevenir e reprimir invasão de campo ou local da disputa do evento". Multaram o clube em R$ 30 mil, e tiraram uma partida de mando, o que faria a finalíssima da Copa do Brasil ter que ser disputada em campo neutro.

O resultado levou à enxurrada de críticas da opinião pública contra o STJD, e no dia seguinte o comando do tribunal concedeu efeito suspensivo, que garante a partida na arena do Grêmio até o julgamento no pleno.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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