Esqueça Cuca, torcedor. Eduardo Baptista terá de montar o seu Palmeiras
Dudu trocando de posição, da esquerda para a direita. Marcação mais recuada, por zona, sem a pressão individualizada característica de 2016. Um volante mais "pegador", apesar desse volante, Felipe Melo, ser um jogador com qualidade para a saída de bola.
Eduardo Baptista tentou dar sua cara ao Palmeiras nos primeiros jogos do ano, e o que recebeu foram críticas de torcedores. Por que ele mexeria em algo que com Cuca, no ano passado, rendeu o título brasileiro?
Derrota para o Ituano, vitórias sem convencer contra Botafogo e São Bernardo, e Eduardo Baptista, após apenas quatro jogos (também um empate contra a Ponte Preta em amistoso), foi vaiado por parte da torcida. Pois bem. Contra o Linense, neste domingo, Baptista "encucou" sua equipe, Moisés lançava os laterais na área, que ficou conhecido como "Cucabol", Dudu voltou para seu canto esquerdo e a marcação adiantou um bocado.
O gostinho de 2016, porém, durou pouco. Por um azar, Moisés machucou o joelho, pode perder boa parte da temporada, e se juntou no departamento médico a Tchê Tchê; Baptista, portano, não terá para escalar a dupla que era a base sólida do Palmeiras em 2016.
Tchau, Cuca, bem-vindo, Eduardo Baptista.
Ao palmeirense, não cabe mais exigir que o time seja o mesmo do ano passado. São outros atletas, outras características. Por exemplo: ao perder Moisés em Araraquara, Baptista colocou Keno em campo, para jogar na direita, e recuou Michel Bastos para o meio de campo – em vários momentos, Michel e Dudu se revezavam entre abrir pela ponta esquerda, quando o time tinha a bola, mas ambos fechavam para o meio, sem ela.
Michel não é Moisés, como Felipe Melo não é Tchê Tchê. O Palmeiras terá que se adaptar a jogar com essas novas peças, mesmo se o esquema tático for mantido. A vitória sobre o Linense por 4 a 0, a primeira contundente no ano, mostra que o elenco tem qualidade, mas é outro elenco, outro time, e outro estilo de jogo. E é preciso se acostumar com isso.
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