São Paulo integra sistema e futebol usará 'arma' da Alemanha na Copa-2014

O Conselho Deliberativo do São Paulo autorizou na noite de segunda-feira (20) que o clube implemente a utilização de um sistema integrado de compartilhamento de informações entre os departamentos. No futuro, poderá até servir na preparação dos jogadores para as partidas.

O sistema integrado de gestão, ERP na sigla em inglês (Enterprise Resource Planning), tem como objetivo integrar todos os dados e processos da empresa em um único sistema. É como ter todas as informações em único lugar, para acesso dos responsáveis de cada área.

Segundo Rogério Hamam, superintendente de planejamento e governança, no São Paulo, hoje, os sistemas são individualizados por departamento (financeiro, jurídico, administrativo, marketing e social), provocando perda na qualidade da informação, possíveis conflitos de dados e retrabalho. "Com o sistema teremos mais rapidez, eficiência e estaremos otimizando o trabalho de todos colaboradores envolvidos", disse Hamam.

Depois de integrado todos os departamentos, o futebol deve ser incluído no sistema, mais especificamente na área de análise de desempenho e estatísticas. Essa ferramenta foi usada pela Alemanha na conquista da Copa do Mundo de 2014, com os jogadores recebendo informações consideradas mais relevantes pela comissão técnica durante toda a preparação do time em seus tablets.

O São Paulo acertou com uma empresa alemã chamada SAP (Sistemas, Aplicativos e Produtos para Processamento de Dados) para fornecer o sistema, e a consultoria Atos Brasil será a responsável pela implementação, que vai durar cerca de nove meses. O custo será de R$ 1,5 milhão, mais a cessão de um camarote no Morumbi por dois anos.

"O novo Estatuto Social prevê a modernização da gestão, com mais transparência e rigor no controle orçamentário. O sistema integrado de gestão é uma ferramenta essencial para esse novo momento de profissionalização do São Paulo", disse Hamam. Hoje, no Brasil, dois clubes de futebol utilizam o sistema: o Grêmio e o Palmeiras.

Durante a votação do Conselho, a diretoria informou que é a primeira aplicação prática do novo Estatuto em questões de gestão. O documento foi aprovado em novembro de 2016 e prevê, entre outros pontos, a criação de um Conselho de Administração para ajudar a gerir o clube.