Eleição no São Paulo: clube e executivo trocam acusações por remuneração
A eleição para presidente do São Paulo, que será na segunda quinzena de abril, agitou esta sexta-feira do clube com troca de acusações entre as duas chapas concorrentes. No final da manhã, em nota oficial divulgada via site oficial, a atual diretoria, que tem o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, como candidato à reeleição, questionou declarações dadas por Alexandre Bourgeois ao Blog do Menon, no UOL Esporte.
Bourgeois é um dos principais auxiliares do seu oponente no pleito, o ex-presidente José Eduardo Mesquita Pimenta (1990-1994), e trabalhou por um mês no início da gestão de Leco, em 2015. A situação disse que demitiu Bourgeois por "concluir que o profissional não reunia as características desejadas para a função" e que ele faltou com a verdade porque "recebeu o valor correspondente pelo período que permaneceu na gestão".
No fim da tarde, em nota enviada ao blog por meio de assessores, Bourgeois afirmou que a nota do São Paulo é mentirosa.
"Durante o período em que trabalhei na gestão Leco, não recebi nenhuma remuneração. O mesmo ocorreu na minha demissão. Cabe ressaltar que a gestão não manteve comigo nenhum tipo de contrato de trabalho, seja ele regido pela Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) ou como Pessoa Jurídica. Isso mostra que a nota é mentirosa, pois não apresenta nenhuma documentação referente ao acerto de contas do clube comigo", diz o texto.
Bourgeois acionou o clube na Justiça para receber o que considera de direito no período em que trabalhou para o clube – ele foi também CEO durante a gestão de Carlos Miguel Aidar, que renunciou ao cargo em outubro de 2015 acusado de irregularidades nas finanças do clube.
Para a diretoria do São Paulo, "causa estranheza o fato de o Sr. Bourgeois ora apresentar-se como empregado, ora como empresa contratada. Outro motivo são os termos obscuros do acordo fechado entre a empresa do sr. Bourgeois e o ex-presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, termos estes constantes de um acordo supostamente escrito, mas aparentemente não assinado".
O ex-funcionário do São Paulo disse que após a demissão, foi aconselhado a procurar os direitos na Justiça pelo próprio presidente Carlos Augusto de Barros e Silva. "Leco indicou esse caminho ao ser questionado por mim sobre os valores devidos e quando o pagamento seria realizado", disse. Sobre a dúvida no contrato da gestão Aidar, Bourgeois garante ter documentos que comprovam o vínculo.
"Sobre esse questionamento, informo que o contrato de trabalho foi acordado entre as partes, redigido pelo São Paulo e aprovado pelo departamento jurídico. O documento consta nos autos do processo", informou.
Bourgeois trabalha para a campanha de Pimenta indicado pelo empresário Abilio Diniz, que faz parte do Conselho Consultivo do São Paulo, e hoje faz oposição à gestão de Leco. Antes, Diniz apoiou Aidar e Leco, quando este assumiu.
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