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Marcel Rizzo

Eduardo Baptista é cobrado no Palmeiras por irregularidade de Tchê Tchê

Marcel Rizzo

25/04/2017 09h30

Tchê Tchê fez um Brasileiro de 2016 com qualidade (Crédito: Friedemann Vogel/Getty Images)

Eduardo Baptista tem sido cobrado dentro do Palmeiras principalmente porque alguns jogadores não têm rendido o que se espera deles. E Borja, centroavante contratado a peso de ouro que não tem tido atuações significantes, não é o principal alvo das cobranças ao técnico.

O 2017 irregular de Tchê Tchê, o motorzinho do time em 2016, intriga a cúpula palmeirense.

Como mostrou o repórter Danilo Lavieri, no UOL Esporte, o técnico vive um princípio de crise no Palmeiras, com conselheiros questionando sua manutenção, mas está blindado pela diretoria.

Mas mesmo com essa blindagem,  há cobrança dos cartolas sobre a maneira como o time, e alguns jogadores, estão atuando, e a situação de Tchê Tchê é a que mais preocupa. O volante contratado do Audax depois do Paulista-2016 foi um dos destaques no título Brasileiro do ano passado.

Ele era a principal ligação com o ataque, e sua qualidade de passe e marcação eficiente fizeram com que Cuca, antecessor de Baptista, escalasse Tchê Tchê na maioria das vezes como único volante de ofício, principalmente em casa.

Cuca saiu, Baptista chegou, com ele Felipe Melo, e o esquema palmeirense mudou. Hoje, Tchê Tchê é o segundo homem no meio de campo, com Melo como primeiro volante. É claro que a diretoria alviverde nem sonha em querer que Melo deixe a equipe – é bem avaliado pelo futebol praticado e pela liderança –, mas cobram de Baptista melhor rendimento de Tchê Tchê.

Há dois fatores na "defesa" do treinador: primeiro é que Tchê Tchê sofreu uma lesão no ombro logo na primeira partida oficial da temporada, contra o Botafogo-SP, no começo de fevereiro. O volante voltou mais de um mês depois, nos 3 a 0 sobre o São Paulo, e fez um gol. A boa atuação, porém, não permaneceu na sequência.

Há também a questão Moisés: em 2016, Tchê Tchê e Moisés se completavam no meio de campo, mas o meia, para muitos o melhor jogador do Palmeiras no ano passado, se machucou gravemente em 19 de fevereiro, lesão em ligamentos, o que o deixará fora provavelmente até o fim do ano. Não há, no elenco atual, alguém com as características de Moisés, e também por isso o Palmeiras de Eduardo Baptista não joga da mesma maneira que o de Cuca.

E parece que isso fez com que Tchê Tchê caísse de produção. Há cobrança sobre Eduardo Baptista para que o time jogue melhor, e no entendimento da direção do clube isso passa pelo volante voltar a render — em 2016, ele foi o que mais participou de partidas do time na campanha vitoriosa do Brasileiro.

Os dois próximos jogos, contra Peñarol-URU e Jorge Wilstermann-BOL, fora de casa nas duas próximas quartas-feiras, serão fundamentais para o treinador ter tranquilidade para trabalhar no início do Brasileiro e na sequência da Libertadores. O time hoje lidera o Grupo 5, com 7 pontos.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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