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Marcel Rizzo

Corinthians pretende antecipar renovação de Carille contra 'caos eleitoral'

Marcel Rizzo

02/05/2017 13h00

Carille é bem avaliado dentro do Corinthians (Crédito: Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians)

A eleição para presidência do Corinthians ocorre apenas em fevereiro de 2018, mas no clube há a certeza de que será acirrada e que, já no segundo semestre de 2017, esquentará as divisões políticas no Parque São Jorge. E a diretoria atual não quer que isso respingue em Fábio Carille.

Antes um ponto de interrogação, o trabalho do treinador ganhou respeito com um time bem compactado defensivamente e eficiente quando tem oportunidades ofensivas. A vaga na final do Paulista, e a vitória com folga na primeira partida, 3 a 0 sobre a Ponte Preta, fez com que Carille se tornasse uma certeza para a direção, que quer prolongar o contrato do técnico.

O acordo vai até o fim de 2017. A eleição ocorrerá somente depois do término do contrato, mas ao fim do ano, independentemente do que acontecer com o Corinthians no Brasileiro, haverá "bagunça" no clube devido a eleição.

Se o grupo que comanda atualmente não estiver seguro que manterá o poder (e fora de campo há turbulências no Corinthians suficientes para não duvidar disso), a situação de Carille pode ficar à deriva. Por isso a preocupação em alongar o contrato já neste momento.

A data da eleição corintiana é sempre um entrave para o departamento de futebol, porque se define o presidente quando o time já fez sua pré-temporada e começa a disputar os campeonatos. O ideal, se necessário, é fazer mudanças ao fim do ano, para que o novo comandante tenha tempo para escolher os atletas que quer e treinar na pré-temporada (a data da eleição deve mudar a partir de 2021, para o começo do ano).

Carille teve esse tempo. Após a demissão de Oswaldo de Oliveira, em dezembro, o Corinthians procurou treinadores como o colombiano Reinaldo Rueda, do Atlético Nacional-COL, sem sucesso. Uma semana depois, o presidente Roberto de Andrade decidiu oficializar Carille, que já havia treinado o time algumas vezes de maneira interina. Ele fez toda a pré-temporada, definiu, na medida possível, quem queria para o time, e começa a colher os frutos agora.

Era uma aposta, inicialmente, mas que financeiramente agravada ao clube, já que Carille teria salário bem inferior ao de treinadores com maior experiencia. Em março, já com o trabalho ganhando corpo, Carille contratou um procurador, já pensando em novos contratos no futuro.

O primeiro novo contrato, provavelmente, será a renovação com o Corinthians.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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