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Marcel Rizzo

Artilharia, sim. Copa, não. O que pode dar bônus milionário a Neymar no PSG

Marcel Rizzo

20/09/2017 04h00

Neymar em campo contra o Equador, no começo de setembro, pela eliminatória (Crédito: Andre Penner/AP)

Disputar a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, ou ser campeão com a seleção brasileira não dará renda extra a Neymar no PSG.

O contrato do atacante com o clube francês não prevê bonificação por convocação à seleção brasileira, ou por participação no Mundial, como normalmente ocorre em acordos que constam prêmios por metas e previsto inicialmente no de Neymar na França. O camisa 10, por exemplo, poderia engordar os vencimentos no mês que vem porque está convocado para os jogos de outubro da seleção brasileira contra Bolívia e Chile, pelas eliminatórias.

O brasileiro fechou contrato até 2022 para receber carca de 30 milhões de euros por ano (R$ 112 milhões), mas que pode chegar até os 40 milhões de euros (R$ 150 milhões) com eventos de marketing ligados ao clube e seus patrocinadores e por metas alcançadas dentro do PSG – individuais, como artilharia, e coletivas, como títulos na França e, principalmente, da Liga dos Campeões, obsessão para os donos do PSG.

Como o blog mostrou,  a bonificação por metas de Neymar no PSG prevê dinheiro caso esteja entre os três melhores no prêmio de melhor jogador do mundo pela Fifa, conquista que almeja e que foi um dos motivos que fez o craque deixar o Barcelona, onde dividia atenções com Lionel Messi e Luiz Suárez.

No primeiro contrato que Neymar fez com o Barcelona, em meados de 2013 quando deixou o Santos, havia bonificação por metas ligadas ao clube, como artilharia e títulos, coletivas por títulos da equipe espanhola e também por presença na seleção brasileira — ele foi premiado por participar da Copa do Mundo de 2014.

Mas por que os times europeus colocam, na maioria dos casos, bonificações por convocação? Principalmente porque estar na seleção nacional valoriza o atleta, que tem aumentado o seu valor de marcado. No caso de Neymar, isso não é mais necessário, já que o próprio PSG desembolsou o maior valor da história (mais de R$ 800 milhões) para tirá-lo do Barcelona.

Na Espanha, por sinal, Neymar não tinha mais bonificações no salário desde outubro passado, quando renovou seu acordo até 2021 e recebeu aumento salarial.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

Sobre o Blog

Notícias dos bastidores do esporte, mas também perfis, entrevistas e personagens com histórias a contar.