Por dívida e 13º, Corinthians deve dar só 50% de prêmio da Série A a elenco
Em 2015, a diretoria do Corinthians separou 85% da premiação dada pela CBF ao campeão brasileiro para pagar a premiação dos jogadores, funcionários e comissão técnica pelo título – dos R$ 10 milhões, foram divididos R$ 8,5 milhões.
Em 2017, essa porcentagem não vai passar dos 50%, apurou o blog. A CBF ainda não divulgou a premiação total para o Brasileiro deste ano, mas a projeção é que o campeão receba R$ 20 milhões – o Corinthians lidera o campeonato, faltando 14 rodadas, dez pontos à frente do vice-líder Grêmio.
A diretoria corintiana pretende repassar como prêmio aos atletas até R$ 10 milhões, caso seja campeão (a princípio não está previsto bônus se terminar em outra posição). O restante será usado para pagar principalmente dívidas, mas também salários e 13º dos atletas ao fim do ano. Em 30 de junho, balanço parcial de 2017 mostrava um déficit no clube de R$ 35,5 milhões, destes R$ 17,8 milhões somente no futebol. Há pendência, inclusive, com o recolhimento de impostos para a Receita Federal, cerca de R$ 13 milhões, como mostrou o UOL Esporte.
O presidente Roberto de Andrade quer deixar o caixa equilibrado no começo de 2018, já que em fevereiro tem eleição e um novo presidente assumirá. Por isso que, na janela de transferências de janeiro dos principais mercados da Europa, é provável que alguns jogadores sejam negociados. Em 2017 a diretoria segurou as vendas devido a boa campanha no Brasileiro, o que explica também o déficit apresentado no balanço até junho.
A premiação por título, normalmente, é paga aos atletas de maneira proporcional – os que jogaram mais, recebem mais. Em 2015, o goleiro Cássio (34 jogos) e o meia Jadson (33) foram os que ganharam valores maiores.
Até o momento, com 24 jogos, Cássio e Maycon participaram de todas as partidas, seguidos por Jô, que só ficou fora de uma. Se o Corinthians mantiver a distribuição proporcional, esses são os favoritos, no momento, para ganharem um pouco mais.
A CBF entrega premiação em dinheiro do campeão ao 16º colocado, o primeiro time fora da zona do rebaixamento – os que caem não são remunerados. Em 2016, o campeão Palmeiras embolsou R$ 17 milhões. Se confirmado o aumento de R$ 3 milhões para 2017, será um aumento de pouco mais de 17%.
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