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Marcel Rizzo

Se Carille quiser sair, Corinthians pedirá que ele fique até parada da Copa

Marcel Rizzo

17/05/2018 14h13

Carille pode deixar o Corinthians após um ano e meio (Crédito: Daniel Augusto Jr./Ag. Corinthians)

Se Fabio Carille aceitar a proposta do Al-Hilal, da Arábia Saudita, a diretoria do Corinthians pretende minimizar ao máximo os danos e o primeiro passo será tentar acerto para que o treinador fique, ao menos, até a parada para a Copa do Mundo. A última rodada do Brasileiro antes do Mundial ocorre em 13 de junho, quando os paulistas visitam o Bahia, portanto daqui menos de um mês.

O blog apurou que a cúpula corintiana avalia como impossível concorrer financeiramente com uma oferta oficial dos árabes, então a decisão caberá ao técnico, se sai ou fica. Se decidir ir embora, o Corinthians pedirá para que acerte com o novo clube que fique mais algumas semanas em São Paulo. A avaliação é que seria desastroso neste momento utilizar um interino, mesmo que seja o auxiliar Osmar Loss (que pode até ser efetivado), e a preocupação principal é a Libertadores.

Dependendo do resultado que obtiver na Venezuela na noite desta quinta (17), contra o Deportivo Lara, o Corinthians entrará em campo na próxima quinta (24) talvez precisando de uma vitória até para se classificar para as oitavas de final do torneio continental. Uma saída repentina de Carille seria prejudicial, e o clube fará o possível para que ele esteja no banco na decisiva partida.

Mesmo com relação ao Campeonato Brasileiro, há preocupação de como o time reagiria nas rodadas até a parada para a Copa do Mundo. São sete, e o planejamento atual da comissão técnica colocou como objetivo terminar essa etapa entre os três primeiros, para estar bem colocado quando a competição recomeçar, em meados de julho — o Corinthians atualmente está na vice-liderança, com dez pontos, perdendo para o líder Flamengo no saldo de gols.

Efetivado no início de 2017, Fabio Carille tem desempenho excelente, com a conquista de dois Campeonatos Paulistas e um Brasileiro. O equilíbrio do time, mesmo com a perda de jogadores importantes como Jô e Arana para 2018, faz com que o treinador seja considerado dentro do clube a peça-chave da boa fase.

Perder o técnico seria considerado péssimo, mas se isso ocorrer imediatamente, em meio a tantas partidas importantes programadas e sem tempo hábil para um substituto chegar, será considerado um desastre. Por isso, para o Corinthians, é fundamental que o técnico fique ao menos até 13 de junho, já que depois disso o substituto teria mais de um mês, se contratado logo, para trabalhar com os jogadores e encarar o segundo semestre.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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Notícias dos bastidores do esporte, mas também perfis, entrevistas e personagens com histórias a contar.