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Marcel Rizzo

Desafio de Messi, Ronaldo e Neymar: bater na Rússia a média de gols de 94

Marcel Rizzo

14/06/2018 06h25

A melhor média de gols de uma Copa do Mundo foi em 1954, na Suíça, com 5,38 por jogo, embalado por uma Hungria fatal, um improvável 7 a 5 (Áustria venceu a Suíça) e uma final de cinco gols quando os alemães bateram os húngaros por 3 a 2. Impensável pensar que na Rússia possa se superar a marca, mas por que não ter o Mundial com mais gols por jogo da era recente do futebol?

Messi e Cristiano Ronaldo estarão talvez em seu último mundial em alto nível, principalmente o português. Neymar, aos 26 anos, está no auge, e pode pela primeira vez jogar uma Copa até o fim, já que em 2014 se machucou nas quartas de final. Somam-se a eles jogadores como Mbappé, Luis Suárez e Cavani, entre outros, e pode se esperar um torneio com bastante efetividade ofensiva.

Alguns dessas estrelas tiveram uma última temporada na Europa com ótima média de gols. Ronaldo teve exatamente um gol por partida pelo Real Madrid, algo extraordinário (44 jogos e 44 gols). No Barcelona, Messi obteve 0,83 de média, bem próximo dos 0,86 de sua carreira. Neymar sofreu com a lesão no pé que sofreu no PSG, mas fez quase um gol (0,93) por confronto.

Seu companheiro de Paris Saint-Germain, o francês Mbappé, teve média inferior, de 0,46, mas terminou a temporada mais efetivo, e o mesmo pode se falar de Cavani, este com um número que mostra como chega à Copa: 28 gols em 32 partidas, média de 0,87. Luis Suárez, seu companheiro de Uruguai, teve desempenho pouco inferior no Barcelona, com 0,75.

Todos, aparentemente, afiados.

Crescimento

A Copa de 2014, no Brasil, já mostrou uma melhora em gols marcados, com 2,67, superando 2010, 2006 e 2002, e igualando 1998. A de 1994, apesar da lembrança dos brasileiros de uma seleção brasileira campeã pragmática, teve a melhor média de gols dos últimos 36 anos, com 2,71. É esse número que, talvez, o Mundial russo possa almejar bater.

Em 1982, quando o Brasil encantou mas fracassou, a média foi de 2,81, outro número até possível de ser alcançado, mas mais difícil que 1994. Porque para trás, principalmente de 1970 para trás, o futebol privilegiava muito mais o ataque do que a defesa, e as médias de gols ultrapassavam ou se aproximavam muito dos três gols. Algo improvável de se repetir.

(Crédito da foto: John Super/AP)

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

Sobre o Blog

Notícias dos bastidores do esporte, mas também perfis, entrevistas e personagens com histórias a contar.