A uma rodada do fim do turno, Brasileirão bate recorde de troca de técnicos
A uma rodada do fim do primeiro turno da edição 2018, nunca na história recente do Brasileiro tantos técnicos deixaram seus postos. São 19 até o momento, a maioria demitidos, mas outros que optaram por sair como o ex-corintiano e atual campeão Fábio Carille, que aceitou oferta milionária de time da Arábia Saudita.
O levantamento, feito desde 2006 quando o Brasileiro por pontos corridos passou a ter 20 clubes, como hoje, mostra que o torneio deste ano encerrou uma tendência de queda na troca de treinadores no período analisado. Entre 2011 e 2017, houve um pico em 2014, com 18, coincidência, ou não, como 2018 também ano de Copa do Mundo — parece que a parada de mais de 30 dias para a realização do torneio de seleções faz com que se troque mais facilmente. Mas nos demais anos o número era mais baixo do que na década passada — houve campeonato, em 2012, com nove substituições até a 18ª rodada, menos da metade do que ocorre agora.
Na noite desta terça (14), o Paraná, lanterna da competição, anunciou a saída de Rogério Micale. Apesar da má campanha, era um dos sete times que ainda não havia feito troca durante o Brasileiro, o que agora são seis: Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio, Inter, São Paulo e Flamengo.
Na mesma terça, o Vitória, que desde 29 de julho estava sem treinador após demitir Vagner Mancini, revelou a contratação de Paulo César Carpegiani. No domingo (12), o Sport encerrou acordo com Claudinei Oliveira depois de derrota para o líder São Paulo, 2 a 1, o mesmo Oliveira que agora é cotado para assumir a vaga de Micale no Paraná, dando sequência à dança de cadeiras habitual do futebol brasileiro.
O Ceará, que em 2018 retornou à primeira divisão, já teve três treinadores na competição. Começou com Marcelo Chamusca, mas o demitiu após a 6ª rodada. Contratou Jorginho, que ficou no clube apenas três rodadas, duas semanas, porque aceitou oferta para dirigir o Vasco, clube que o demitiu depois de dez partidas. Hoje, o time da capital cearense é comandado por Lisca e esboça uma reação na competição.
Das 19 mudanças, oito, perto da metade portanto, foram por iniciativa dos treinadores, o que mostra que a crítica a clubes tem que ser feita com cuidado. Carille, como já citado, e Alberto Valentim, ex-Botafogo, foram receber milhões na Arábia Saudita. Jorginho largou o Ceará na mão para ir ao Vasco, que depois o deixou na mão. Houve casos de técnicos que decidiram encerrar o contrato por desgaste, como Zé Ricardo, no Vasco, e Abel Braga, no Fluminense. Atualmente, portanto, não há segurança de nenhum dos dois lados.
Técnicos que saíram dos clubes durante o Brasileirão-2018 (até a rodada 18):
Nelsinho Baptista (Sport) – pediu demissão
Marcelo Chamusca (Ceará) – demitido
Fábio Carille (Corinthians) – pediu demissão
Zé Ricardo (Vasco) – pediu demissão
Guto Ferreira (Bahia) – demitido
Jorginho (Ceará) – pediu demissão
Abel Braga (Fluminense) – pediu demissão
Enderson Moreira (América-MG) – pediu demissão
Alberto Valentim (Botafogo) – pediu demissão
Fernando Diniz (Atlético-PR) – demitido
Jair Ventura (Santos) – demitido
Ricardo Drubscky (América-MG) – mudança de cargo dentro do clube
Roger Machado (Palmeiras) – demitido
Vágner Mancini (Vitória) – demitido
Marcos Paquetá (Botafogo) – demitido
Gilson Kleina (Chapecoense) demitido
Jorginho (Vasco) – demitido
Claudinei Oliveira (Sport) – demitido
Rogério Micale (Paraná) – demitido
Mudanças de técnicos ano a ano até a rodada 18 (desde 2006, quando o Brasileiro passou a ter 20 clubes)
2017 – 14
2015 – 15
2013 – 15
2012 – 9
2011 – 12
2010 – 17
2009 – 17
2008 – 18
2007 – 18
2006 – 16
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