Cargo no Corinthians obriga ex-sócio de Del Nero a deixar diretoria da CBF
Ex-sócio do ex-presidente da CBF Marco Polo Del Nero em um escritório de advocacia, o deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) deixou o cargo que manteve por mais de três anos na Confederação Brasileira de Futebol. Segundo a entidade, a saída ocorreu há alguns meses e porque Cândido assumiu um posto no Corinthians. Pela Lei Pelé, uma pessoa não pode manter cargos em clubes e confederação/federação estadual simultaneamente.
O blog apurou que Cândido optou pelo Corinthians e que a CBF o deixou escolher — a situação, porém gerou certo mal-estar na entidade já que o presidente corintiano, Andrés Sanchez, é hoje uma espécie de oposição dentro da CBF. Em abril, a coluna De Primeira, do UOL Esporte, mostrou que Cândido recebia R$ 37 mil como diretor de assuntos internacionais da CBF, salário maior do que ganha como congressista, que é de R$ 33 mil. A CBF não nomeou ainda um substituto para a função, que está vaga.
Em março, Vicente Cândido foi nomeado para uma diretoria semelhante no Corinthians por Andrés Sanchez, seu parceiro de partido na Câmara dos Deputados em Brasília. Um mês depois, Cândido ainda mantinha as funções na confederação e no clube, mas a eleição, no dia 17 de abril, que levou o atual diretor executivo da CBF, Rogério Caboclo, à presidência da entidade azedou a relação com o presidente corintiano. Sanchez votou em branco no pleito de candidato único, levantando bandeira de oposição à atual diretoria.
O blog apurou que, após a eleição e devido à obrigatoriedade prevista pela lei, Cândido decidiu deixar o cargo na CBF, algo que não desagradou a atual da direção da entidade que também não vinha mais clima para sua permanência. O atual presidente, Antônio Carlos Nunes, assumiu definitivamente no lugar de Del Nero depois que o ex-cartola foi banido do futebol pela Fifa acusado de corrupção, no fim de abril. Antes, Del Nero fez todo um movimento para conseguir eleger o seu indicado, Caboclo, que assumirá efetivamente em abril de 2019.
Vicente Cândido, que como Andrés Sanchez não vai disputar a reeleição para a Câmara dos Deputados, fez parte da chamada "bancada da bola", que atuava no Congresso para barrar projetos que não interessavam à CBF. A entidade ainda mantém em seus quadros um deputado federal, Marcelo Aro (PHS-MG), como diretor de relações institucionais (ele tentará a reeleição). Como diretor de desenvolvimento e projetos está o ex-deputado estadual mineiro Gustavo Perrella, filho do senador Zezé Perrella (PTB) e ex-secretário nacional de futebol do Ministério do Esporte.
Por anos foi sócio de Del Nero em um escritório de advocacia, no período em que o ex-cartola presidia a FPF (Federação Paulista de Futebol). Foi desfeita em dezembro de 2015, quando Del Nero já presidia a CBF.
Atualizado às 13h10
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