Plano de Libertadores com times dos EUA reacende ideia de final em Miami
As conversas entre Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), Concacaf (Confederação das Américas do Norte, Central e Caribe) e a MLS (Major League Soccer) para que times dos Estados Unidos participem pela primeira vez da Libertadores já a partir de 2020 têm no pacote a realização da final única do torneio nos EUA a curto prazo — em 2019 a partida ocorrerá em Santiago, no Chile.
A ESPN noticiou na noite desta segunda (15), e o blog confirmou, a negociação para que os times da liga profissional norte-americana estejam na Libertadores. Os clubes mexicanos, que jogaram a competição de 1998 a 2016, também voltariam no projeto encabeçado pela Diez Media FC, empresa criada por IMG e Perform para gerenciar os direitos comerciais dos campeonatos de clubes da Conmebol.
Esse plano de marketing tem a presença do mercado norte-americano como essencial para aumento de receita, com a participação de equipes locais nos torneios e, consequentemente, a realização de partidas nos EUA. A possibilidade de jogar a final única da Libertadores nos EUA chegou a ser levantada para 2019, mas não vingou porque a cúpula da Conmebol entendeu que seria ruim realizar pela primeira vez a decisão nesses moldes fora da América do Sul. Também pesou o fato de ainda não estar amarrado um acordo comercial com a MLS.
Como a negociação com a MLS andou a ideia de definir a Libertadores em território americano voltou com força e, caso saia do papel o projeto, a cidade favorita para receber uma final única da Libertadores nos EUA é Miami, por dois fatores: logística, já que está mais próxima da América do Sul do que outros centros interessantes como Nova York e Los Angeles, e porque há muitos latinos vivendo na Flórida.
Logística, por sinal, é um dos pontos que faz com que a negociação para a presença dos norte-americanos na Libertadores ainda não tenha sido concluída. Há times na MLS que têm como sede a Costa Oeste dos EUA, como o Seattle Sounders ou as equipes de Los Angeles, o que deixaria o deslocamento de times brasileiros, por exemplo, bem longos e necessitando conexões. Há também questões a resolver sobre calendário.
Especialistas em marketing esportivo analisam como positiva a entrada do mercado americano e o retorno do mexicano: "O mercado americano é potencialmente um colosso e vai abrir um leque de opções distintas, principalmente na questão econômica, das ativações e business. Ao mesmo tempo, do ponto de vista técnico, os Estados Unidos têm muito a ganhar com a presença cada vez mais constante das agremiações brasileiras e sul-americanas. Trata-se de um intercâmbio importante para todos os lados", disse Mauro Corrêa, especialista em gestão e marketing pela CSM Golden Goal.
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