Estádios com nome de pessoas vivas são alvo de inquérito no DF
O ministério público do Distrito Federal abriu inquérito civil público para apurar se dois estádios locais estão descumprido lei que proíbe que bens públicos tenham nomes de pessoas vivas. O Bezerrão, no Gama, e o Abadião, em Ceilândia, são os alvos — eles pertencem ao governo do DF.
O estádio Valmir Campelo Bezerra, o Bezerrão, foi construído em 1977, mas uma reforma na década passada o condicionou a receber jogos mais importantes. Com capacidade para 30 mil pessoas, foi reinaugurado em novembro de 2008, em um amistoso Brasil x Portugal, vencido pelos brasileiros por 6 a 2. O jogo, na verdade, ficou marcado por supostas irregularidades no pagamento de R$ 9 milhões em dinheiro público para a realização da partida no DF. O caso respingou no ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira e no ex-presidente do Barcelona Sandro Rosell, que era dono da empresa que organizou a partida.
Valmir Campelo Bezerra, que dá o nome ao campo, é um político que foi deputado federal e senador pelo Distrito Federal nos anos 1980 1990, e ministro do Tribunal de Contas da União entre 1997 e 2014. Hoje está com 74 anos.
Mais modesto, o estádio Maria de Lourdes Abadia, de Ceilândia, homenageia a ex-governadora do estado, ex-deputada federal e distrital, e ex-administradora da cidade-satélite — aos 74 anos, ela tentou vaga na Câmara Federal na eleição de 2018, mas não foi eleita. Foi inaugurado nos anos 1980, chegou a receber jogo para mais de 15 mil pessoas, mas hoje não tem capacidade para mais de 5 mil.
A promotoria alega que a lei federal 6.457, de 1977, proíbe que bens públicos tenham nome de pessoas vivas. A secretaria de esporte, turismo e lazer do Distrito Federal ainda não se pronunciou sobre o assunto.
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