De olho na concessão, Prefeitura de SP mantém preço de aluguel do Pacaembu
A prefeitura de São Paulo manteve os preços de aluguel para jogos de futebol no estádio do Pacaembu em 2019. Depois de aumentar em mais de 10% os valores de 2017 para 2018, a opção foi por evitar algo que poderia dificultar o uso do local. O blog apurou que a prefeitura quer um bom número de eventos no equipamento nos primeiros meses do ano — há avaliação de que problemas como cadeiras de quebradas, entre outros, ocorrem principalmente pela inatividade, que gera uma manutenção menos contínua. O estádio, oficialmente chamado Paulo Machado de Carvalho, está em processo de concessão.
O clube que alugar o Pacaembu pagará, no máximo, R$ 80.295 para jogos diurnos, ou 12% da receita bruta, o que for menor. Para partidas noturnas, a porcentagem sobe para 15% da receita bruta, ou um máximo de R$ 100.352 — as garantias mínimas são, respectivamente, de R$ 35.259 e R$ 36.613, igual a 2018. No Paulista de 2019, duas partidas já ocorreram no estádio: a estreia do São Paulo, que venceu o Mirassol por 4 a 1 e pagou os R$ 100.352 por ser um jogo à noite, e o clássico entre Santos e São Paulo, com mando do time da Baixada, que venceu por 2 a 0 e pagou esse mesmo valor, já que foi necessário usar os refletores.
O Santos, por sinal, deverá ser o principal cliente da prefeitura nesse começo do ano. Com a Vila Belmiro em reforma, o clube solicitou à Federação Paulista que marque todos seus jogos pelo menos até março para o estádio municipal. O São Paulo também reservou o Pacaembu para seus três primeiros compromissos no Paulistão, já que o Morumbi passar por melhorias para ser sede da Copa América, no meio do ano. Nesta quinta (31) enfrenta por lá o Guarani.
Em 2017, os clubes que quisessem alugar o estádio para futebol pagavam máximo de R$ 71,9 mil para jogos diurnos e R$ 89,9 mil para os noturnos. Para 2018, o então prefeito de São Paulo João Dória (PSDB), hoje governador do Estado, autorizou aumento de pouco menos de 12% (a inflação em 2017 fechou em 2,95%). Reuniões entre membros da prefeitura, incluindo o atual prefeito, Bruno Covas (PSDB), definiram pela manutenção do preço de 2018 em 2019 num ano que pode ser decisivo para a privatização do equipamento.
Em dezembro de 2018, antes de deixar o cargo, o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) autorizou a concessão do estádio. Apesar de o estádio pertencer à prefeitura, parte do terreno tinha como proprietário o Estado, portanto foi concedida a propriedade do terreno por 50 anos. A questão agora é uma pendência com o Tribunal de Contas do Município (TCM), que em agosto de 2018 já havia suspendido o processo de concessão. Há questionamentos com relação ao fato de o estádio ser tombado — o Tobogã, grande arquibancada que fica atrás de um dos gols, seria demolido pelo projeto.
Em setembro, o TCM liberou que o processo de concessão fosse retomado, mas impôs algumas condições, como a republicação do edital com a correção das irregularidades apontadas pelo órgão. Por ano, os gastos com o estádio passam dos R$ 8 milhões, e a arrecadação não chega a R$ 3 mi. A reforma deve custar mais de R$ 200 milhões.
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