Libertadores inicia fase de grupos sem definição de ingressos para a final
A fase de grupos da Libertadores-2019 começa nesta terça-feira (5) e os participantes ainda não têm ideia de quantos torcedores poderão levar ao estádio caso cheguem à final única, em 23 de novembro. Pela primeira vez a principal competição de clubes da América do Sul conhecerá o campeão em uma partida e o Estádio Nacional em Santiago, no Chile, foi o escolhido pela Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) para a estreia. Ao contrário das decisões em dois jogos na casa de cada um dos concorrentes, a responsabilidade da distribuição de bilhetes será da confederação e há divergência entre o que planeja a entidade e o que desejam os clubes.
Num primeiro esboço da divisão das cotas de ingressos para a final única, a Conmebol projetou que cada clube participante teria 25% da carga total para vender em seu país. Seria, portanto, metade das cadeiras aos finalistas. O restante, 50%, seria vendido para fãs locais (no caso de 2019, os chilenos) e disponibilizados a parceiros e para eventos promocionais da Conmebol e áreas de hospitalidade. Essa ideia desagradou a alguns clubes que participaram do sorteio dos grupos da Libertadores, em dezembro, no Paraguai.
Brasileiros e argentinos defendem que, no mínimo, 60% dos bilhetes sejam enviados aos clubes que estiverem na decisão. Houve quem sugerisse que o número deveria ser até maior, de 70%, com 30% ficando na mãos da Conmebol, mas se chegou a um consenso entre os participantes que, para convencer a entidade, o pleito tem que ser de 60%. No regulamento da competição, o texto deixa em aberto a distribuição de ingressos para a finalíssima, dizendo que a confederação vai enviar comunicado quando decidir.
Essa divisão terá que ser acertada antes de se saber quem serão os finalistas porque a Conmebol pretende abrir a venda, principalmente dos setores de hospitalidade (áreas VIPs, camarotes e pacotes de agências de turismo), com antecedência de alguns meses. É preciso, portanto, conhecer quanto será enviado aos clubes e quanto será vendido diretamente ela Conmebol. A entidade trabalha com o número de 50 x 50 que, segundo cartolas ouvidos pelo blog, é o que a Uefa, por exemplo, aplica na Liga dos Campeões – a final única sul-americana é inspirada na europeia.
Há margem para discussão. Por exemplo: se a Conmebol bater o pé nos 50 x 50 os clubes podem apresentar proposta para que na cota da confederação sejam reservados ingressos para seus torcedores que vivam no país-sede (foi feito algo parecido na decisão entre River Plate e Boca Jrs. da Libertadores-2018, que, por segurança, foi realizada no estádio Santiago Bernabéu, em Madri). Outra ideia seria priorizar fãs dos países dos finalistas para acesso aos pacotes de hospitalidade. Esses pontos ainda serão negociados.
Nas fases iniciais, a Conmebol define quantos ingressos os clubes mandantes devem ceder aos visitantes. Até as quartas de final, são até 2 mil e nas semifinais, até 4 mil. Até 2018, quando a final era em dois jogos, 4 mil também era o número que os times da casa precisavam enviar para que fossem vendidos no país do adversário.
A Conmebol trata a final única de Santiago quase como um evento-teste. Dirigentes admitem que podem ocorrer falhas, que serão corrigidas nos anos seguintes. Logo no começo de 2019, uma carta enviada pela confederação à federação chilena causou controvérsia quando pedia que o Estádio Nacional fosse fechado a outros eventos 60 dias antes da data marcada para a Libertadores. Só que já há um show marcado da banda Iron Maiden 39 dias antes da final única. Por enquanto, não há previsão de qualquer mudança (no show ou na final).
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