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Marcel Rizzo

Tite encontra o cérebro e o coração da seleção brasileira na Copa América

Marcel Rizzo

24/06/2019 04h00

Everton comemora seu gol contra o Peru com Filipe Luís (Crédito: Henry Romero/Reuters)

Uma das críticas que Tite recebeu na convocação para a Copa América foi a de que mudou a seleção brasileira menos do que deveria do time que fracassou na Copa-2018. Dos 23 chamados inicialmente, 14 estiveram na Rússia, e mesmo Daniel Alves (machucado ano passado) e Alex Sandro estão longe de serem renovações. Caras novas mesmo eram sete e dois desses, hoje, são o coração e o cérebro da equipe.

Arthur poderia ter ido para a Rússia, mas Tite não quis. O volante, ex-Grêmio e hoje no Barcelona, tem tanta moral com o treinador que o novo esquema tático da seleção, com dois volantes, acontece principalmente por causa de Arthur. Ele é o motor do time e, sim, o principal armador, mais até do que Philippe Coutinho, apesar de Tite preferir repartir essa função.

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"Não é responsabilidade de um só, do Coutinho, outros armam como Arthur, os laterais têm essa função também, o Firmino pode fazer", disse o treinador.

O corte de Neymar, machucado, fez com que a seleção perdesse seu protagonista, mas isso não quer dizer que não existam outros protagonistas. Se Arthur é um pouco mais invisível por sua função em campo, veja Everton Cebolinha. Uma das novidades para o ataque, junto com David Neres e Richarlison, o atacante do Grêmio entrou bem sempre que chamado. E contra o Peru arrebentou.

Um golaço, dribles, chamando o jogo, virou queridinho até de Galvão Bueno na transmissão da Globo. É o coração que Tite precisava, mais até do que Neymar, que tem todo seu talento mas normalmente não impõe tanta paixão quando está em campo pela seleção.

Quando se cobrava Tite por mais caras novas, a ideia era essa, outras opções, jogadores que podem mudar o ritmo do time, mas mais do que isso. Que possam devolver o prazer de defender a seleção.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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