VAR atualiza programa e checagens de impedimento ficam mais ágeis no Brasil
Uma atualização no programa utilizado pelo operadores e árbitros de vídeo na cabine fez agilizar as checagens de impedimento pelo VAR (árbitro de vídeo) nas duas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro. Estima-se um ganho de até 20 segundos, bastante tempo levando em conta que normalmente o juiz de campo espera a revisão para reiniciar a partida.
A mudança foi simples segundo o chefe de arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba. Antes era preciso que o operador colocasse na mão as linhas horizontal e vertical na tela para que o AVAR (assistente de vídeo) analisasse. A horizontal na base do jogador que estaria impedido e a vertical na localização mais próxima da linha de fundo, para caracterizar ou não a infração.
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"Agora essas linhas entram juntas, você só encaixa a base, é bem mais rápido, já notamos diferença nas duas últimas rodadas", explicou Gaciba.
Checagens de impedimento, pelo protocolo do VAR, são consideradas objetivas, ou seja, o árbitro de campo não precisa ir até a beira do gramado olhar as imagens no monitor. Ele confia na análise dos profissionais da cabine – são três árbitros de vídeo, o VAR e dois assistentes, um deles exclusivo para checagens de impedimento. Muitas vezes se questionava a demora para analisar lances de impedimento e isso se dava principalmente para ajuste das linhas vertical e horizontal.
No Campeonato Paulista deste ano, por exemplo, a arbitragem demorou mais de três minutos para checar um lance de impedimento do palmeirense Deyverson na semifinal contra o São Paulo. O blog mostrou na época que essa demora poderia estar associada ao fato de a tecnologia por aqui ser diferente da usada na Copa do Mundo da Rússia em 2018, que teve um dispositivo 3D que facilitava a análise mais rápida de impedimentos. Ainda não há 3D no Brasil, mas a atualização do programa vai ajudar os árbitros nessas checagens. "O árbitro de vídeo está evoluindo", disse Gaciba.
Agilidade na checagem de impedimentos é uma preocupação da CBF, que chegou até a montar uma operação diferente para a Copa do Brasil. Em todos os jogos do torneio mata-mata, a partir das quartas de final, as cabines do VAR ficaram com três operadores, e não dois, um deles exclusivo para o AVAR que checava impedimento. Dessa maneira a montagem das linhas vertical e horizontal era agilizada com o monitor e operador exclusivos.
A CBF avaliou colocar essa cabine "turbinada" em algumas partidas do Brasileiro também — em todas era inviável devido ao custo, quase R$ 20 mil a mais por partida por causa dos equipamentos. Mas Gaciba disse que agora, com a atualização do programa, é improvável que esse formato seja usado em partidas da Série A. Na Copa do Brasil, que na próxima quarta (18) terá a finalíssima entre Inter e Athletico, o operador exclusivo permanece.
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