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Marcel Rizzo

Ceni repete cláusula de rescisão apesar de contrato curto com o Fortaleza

Marcel Rizzo

03/10/2019 10h00

O novo contrato de Rogério Ceni com o Fortaleza foi acertado nos mesmos moldes do anterior, inclusive salário e multa rescisória. Apesar de curto, vale até 15 de dezembro de 2019, há previsão de pagamento em caso de rescisão do valor total restante do acordo, como havia também no primeiro.

O máximo a se pagar, portanto, é R$ 500 mil, já que restam pouco mais de dois meses para o término do contrato (mensalmente Ceni vai receber R$ 250 mil). Tanto a diretoria do Fortaleza, quanto Ceni, entenderam que seu retorno era uma conclusão do trabalho interrompido em agosto, quando o treinador aceitou a proposta para comandar o Cruzeiro. Por isso o documento ter sido redigido com cláusulas iguais.

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Para deixar o clube em agosto, Ceni pagou ao Fortaleza aproximadamente R$ 1 milhão — arcado pelo Cruzeiro, clube que o contratou. O valor era o equivalente ao que o treinador receberia entre setembro e dezembro. O trabalho, porém, durou apenas seis semanas depois que o técnico se desentendeu com parte do elenco e também da diretoria. Ele queria, como no Fortaleza, ter carta-branca no futebol, o que irritou alguns cartolas e atletas.

A negociação entre Ceni e o Fortaleza começou em 27 de setembro, um dia depois de o técnico ter sido demitido do Cruzeiro e quando o clube cearense decidiu mandar embora Zé Ricardo após a derrota de 4 a 1 para o Athletico. Ceni disponível, claro, pesou nessa decisão mesmo sem a certeza do sim.

Como publicou o jornal O Povo, não foi fácil convencer Ceni a aceitar o trabalho de volta — ele preferia descansar até o fim de 2019. Foi preciso até mesmo o ex-presidente Luis Eduardo Girão, que foi quem o contratou em dezembro de 2017, ligar para Ceni ressaltando o convite. Girão hoje é senador.

No momento não há conversas por 2020, apurou o blog. Vários fatores serão importantes para uma renovação de contrato, como por exemplo investimento que o clube poderá fazer no ano que vem, em infraestrutura e contratações, e isso vai depender, claro, da permanência na Série A do Brasileiro.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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