Fifa punirá severamente racismo nas eliminatórias. Mas não só racismo...
Hong Kong x Bahrein empataram sem gols em 14 de novembro pelas eliminatórias asiáticas para a Copa do Qatar-2022. Ao final da partida o zagueiro Sayed Baqer, do Bahrein, se virou para os torcedores do time da casa e fechou os olhos, ato considerado racista ao imitar de maneira pejorativa uma característica física dos adversários. A TV flagrou e o Comitê Disciplinar da Fifa não aliviou: Baqer foi suspenso por dez jogos, o que vai deixá-lo fora de quase todo o resto da competição (só volta na reta final da terceira fase, se o Bahrein avançar), e sua federação foi multada em R$ 125 mil.
A Fifa avisou aos filiados que seu comitê disciplinar pretende trabalhar mais forte contra o racismo nestas eliminatórias. Por enquanto somente a Ásia e a África iniciaram seus qualificatórios e o caso de Baqer foi o único de racismo punido. A entidade já esperava isso: asiáticos e africanos têm histórico menor em casos de discriminação. A preocupação aumentará quando começarem os confrontos na Europa, no segundo semestre de 2020, e na América do Sul, em março de 2020, principalmente para racismo entre os europeus e homofobia para os sul-americanos.
LEIA MAIS:
Brasil enfrenta a Bolívia na estreia das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022
Cinco jogos chaves do Brasil nas eliminatórias para a Copa-2022
Os árbitros estão orientados a seguir os três passos contra a discriminação em casos de manifestação de torcedores: no primeiro, o jogo é paralisado e avisos nos telões e alto-falantes pedem para a torcida parar com as ofensas; no segundo, a partida para novamente, mas por mais tempo e os jogadores descem aos vestiários — novos avisos são dados. Caso não cessem, o terceiro passo é encerrar definitivamente o confronto.
Mas não é contra discriminação somente que a Fifa vai apertar as seleções nessas eliminatórias. O aviso dado é que situações que aparecem no Código de Disciplina e antes eram deixados de lado serão analisados e julgados, se necessário. Para algumas situações menos graves num primeiro momento será dada uma advertência, mas em caso de reincidência haverá multa e até punições mais severas, como jogar com portões fechados.
Por exemplo: a Fifa não quer mais manifestações desrespeitosas durante a execução dos hinos nacionais. Bahrein, Hong Kong e Iraque já receberam advertências porque seus torcedores vaiaram os adversários durante o pré-jogo. Já o Irã foi advertido porque seus jogadores e membros da comissão técnica não trocaram apertos de mão com os adversários, o Bahrein, em partida de 15 de outubro. Casos como esses eram ignorados, mas agora a Fifa pretende advertir, e até multar, por uma reeducação, apurou o blog.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.