Blog do Marcel Rizzo http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br Notícias dos bastidores do esporte, mas também perfis, entrevistas e personagens com histórias a contar Wed, 15 Jan 2020 04:00:01 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 VAR em discussão: imagem liberada, limite de checagem e árbitro microfonado http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2020/01/15/var-em-discussao-imagem-liberada-limite-de-checagem-e-arbitro-microfonado/ http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2020/01/15/var-em-discussao-imagem-liberada-limite-de-checagem-e-arbitro-microfonado/#respond Wed, 15 Jan 2020 04:00:01 +0000 http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/?p=11625 A Ifab (International Football Association Board), a associação que regula o futebol, quer melhorar a comunicação com os torcedores e o entendimento das decisões do VAR, o árbitro de vídeo, no futebol. No fim de fevereiro, em seu encontro anual, os executivos da entidade, que conta com membros da Fifa e de federações britânicas, devem discutir modelos para que as informações cheguem mais precisas a quem está assistindo aos jogos.

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Já há algumas ideias que foram apresentadas em reunião realizada no fim de novembro em Belfast, na Irlanda do Norte, onde está a sede da Ifab (e local da reunião de 29 de fevereiro próximo):

1) Há consenso entre os membros da Ifab de que é preciso liberar as imagens que os árbitros estão analisando por maior transparência, mas também para que a compreensão da decisão tomada seja mais facilmente assimilada. Nas transmissões é algo que já ocorre em alguns países e a tendência é que a Ifab estimule que isso também seja feito em estádios que tenham telões. Deve virar regra, não exceção.

No Brasil, que em 2019 teve o árbitro de vídeo pela primeira vez usado na Série A do Campeonato Brasileiro, a CBF fez testes em quatro jogos nas últimas rodadas da competição, liberando a checagem ao vivo, ou seja, as imagens que os árbitros na cabine ou o de campo, quando vai à beira do gramado avaliar lances subjetivos, estavam vendo.

2) Uma sugestão apresentada, e que precisaria de ampla discussão, é a de microfonar os árbitros, como ocorre por exemplo nos EUA com a NFL, a liga de futebol americano. Por lá o juiz principal explica para todo o estádio ouvir, e consequentemente a transmissão da TV capta o áudio, uma decisão tomada em campo ou o motivo da marcação de uma falta.

No futebol seria impraticável, na visão dos membros da Ifab, que os árbitros explicassem todas as suas marcações, como na NFL, mas seria possível usar o microfone nas chamadas de VAR. Seria uma maneira de deixar mais clara a decisão de manter ou alterar os lances, principalmente para quem está no estádio e não tem um especialista explicando como nas transmissões por TV.

3) A Ifab avalia que um dos principais pontos que gera ruído nas decisões do VAR são alguns lances serem chamados para verificação e outros não, principalmente nos subjetivos (lembrando que todos os gols são revisados). Há membros que acham que há jogos em que há exagero nas paralisações em lances que poderiam seguir normalmente.

Por isso uma ideia ainda embrionária é de limitar o número de verificações para lances subjetivos (mão na bola em pênaltis, por exemplo), que são de mais difícil compreensão. Se avaliaria até dar aos treinadores a chance de pedir a checagem, com algum limite por cada tempo de jogo, por exemplo. Todos os gols continuariam a ser checados, independentemente do limite.

É certo que o VAR, que engatinha (foi liberado pela Ifab em março de 2018), terá atualizações para melhoria. Resta saber o que será incluído já em 2020.

 

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Xangai será sede da final do Super Mundial de Clubes que terá o Flamengo http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2020/01/13/xangai-sera-sede-da-final-do-super-mundial-de-clubes-que-tera-o-flamengo/ http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2020/01/13/xangai-sera-sede-da-final-do-super-mundial-de-clubes-que-tera-o-flamengo/#respond Mon, 13 Jan 2020 10:50:52 +0000 http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/?p=11617 Xangai é a cidade escolhida pela Fifa e pela federação chinesa para receber a final da primeira edição turbinada do Mundial de Clubes com 24 participantes, em 2021. No fim de dezembro passado a China divulgou as oito sedes da competição — a escolha por Xangai para a final foi da Fifa por questão de estrutura para receber convidados, apurou o blog. Durante a competição ocorrerão reuniões de comitês e do Conselho da entidade que comanda o futebol.

As outras cidades que terão jogos do Mundial em novo formato são Tianjin, Guangzhou, Wuhan, Shenyang, Jinan, Hangzhou e Dalian. A capital Pequim ficou fora do Mundial de Clubes, mas receberá a final da Copa da Ásia, torneio de seleções que será realizado no país em 2023. O local de abertura do Mundial ainda está em discussão, mas pode ser também em Xangai.

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O Flamengo, como campeão da Libertadores-2019, já tem vaga assegurada no Mundial de 2021, que terá seis clubes sul-americanos se nada mudar. A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) chegou a anunciar no telão do estádio do Cerro Porteño, em Assunção, após o Independiente Del Valle (EQU) bater o Colón (ARG) e vencer a Sul-Americana-2019 que os equatorianos também estariam classificados para o Mundial da China, mas a Fifa bate o pé para que a Libertadores seja a principal porta de classificação da América do Sul para o torneio. A Conmebol deve definir em março como se dará o critério de classificação para a competição de clubes de 2021.

Para a Fifa, por exemplo, classificar vices da Libertadores é interessante porque o River Plate, uma das forças do continente, estaria dentro pelo segundo lugar obtido em 2019. A entidade quer que a primeira edição tenha participantes com bom número de torcedores e times mais tradicionais, para alavancar a competição financeiramente. É importante que o Mundial dê mais lucro do que a finada Copa das Confederações, torneio de seleções que o Mundial turbinado substituirá no calendário a cada quatro anos.

Os europeus, que ensaiaram um boicote mas que por ser um mercado atraente gostaram de que a Fifa escolheu a China como sede da primeira edição, terão oito vagas a princípio. Liverpool, Real Madrid, Chelsea e Atlético de Madri, que venceram recentemente as Ligas dos Campeões e da Europa, já estão dentro.

O Mundial de Clubes no formato atual, com sete participantes (o campeão de cada confederação, mais um convidado do país-sede) será disputado pela última vez em dezembro de 2020, novamente no Qatar — como em 2019, com o título do Liverpool sobre o Flamengo na final. A partir de 2021 ele será realizado apenas a cada quatro anos, preferencialmente no país, ou países, que no ano seguinte receberá a Copa do Mundo. Em 2025, por exemplo, deve ser nos EUA, México e Canadá.

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Jogo “pegado” contra Itália de 1994 anima CBF por ideia de Mundial Master http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2020/01/10/jogo-pegado-contra-italia-de-1994-anima-cbf-por-ideia-de-mundial-master/ http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2020/01/10/jogo-pegado-contra-italia-de-1994-anima-cbf-por-ideia-de-mundial-master/#respond Fri, 10 Jan 2020 07:00:55 +0000 http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/?p=11610 Bate-boca, pisão no pé, faltas duras e cartões amarelos até por reclamação. Se enganou quem pensou que o amistoso master entre Brasil e Itália para reviver a final da Copa do Mundo de 1994, realizado nesta quinta-feira (9) em Fortaleza, repetiria aquelas partidas de pós-temporada que atletas convidam artistas e anônimos em confrontos de dezenas de gols e clima de pelada.

Brasileiros e italianos levaram a revanche a sério, o que deu mais cartucho para a CBF manter o projeto de outros jogos masters para a seleção brasileira, mas não só isso: há bem embrionária uma ideia a ser apresentada à Fifa para que a entidade que controla o futebol no mundo crie um torneio mundial que possa reunir seleções de lendas.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, se mostrou simpático à ideia num contato inicial e a partida bem disputada entre Brasil e Itália, que acabou 1 a 0 para os visitantes, deverá ser usada como estímulo de que pode dar certo, inclusive financeiramente.

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Romário, trauma do 7 a 1 e gerações de 94 e 2002: a seleção de masters da CBF

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“Perdemos quando podíamos perder”, disse Romário, a grande estrela da noite mostrando que a equipe brasileira que entrou em campo com outras figuras históricas como Taffarel, Bebeto, Jorginho, Aldair e Mauro Silva não estava satisfeita em perder ao amistoso. O Baixinho abriu uma exceção em sua guerra contra a CBF, de quem é feroz crítico como senador, e aceitou o convite para participar após receber ligações de outros ex-jogadores.

A ideia da CBF é que a seleção de master se reúna algumas vezes por ano. Há, por exemplo, o desejo de realizar um confronto entre os campeões de 2002 e a Alemanha e também partidas que possam reunir craques de diversas épocas e rivais com ex-jogadores de várias nacionalidades. A criação de um Mundial pela Fifa seria a cereja do bolo no projeto da confederação brasileira e o bom público que o estádio Presidente Vargas recebeu na noite de quinta (mais de 18 mil pessoas) e a competitividade da partida indicam que pode haver futuro no projeto.

“Eu não entendi nada quando ela deu o impedimento. Se tivesse o VAR, a gente teria ganhado”, disse Jorginho. Outro que também reclamou do lance foi Bebeto. “Ninguém gosta de perder. Marcar esse impedimento é brincadeira! O projeto é muito legal. Eu vou jogar até meu quadril aguentar”, disse o camisa 7. Nem mesmo a CBF imaginou que seu projeto de master seria tão competitivo.

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Romário, trauma do 7 a 1 e gerações 94 e 2002: a seleção de masters da CBF http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2020/01/09/romario-trauma-do-7-a-1-e-geracoes-94-e-2002-a-selecao-de-masters-da-cbf/ http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2020/01/09/romario-trauma-do-7-a-1-e-geracoes-94-e-2002-a-selecao-de-masters-da-cbf/#respond Thu, 09 Jan 2020 11:00:29 +0000 http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/?p=11595 A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) quer fazer uma agenda razoavelmente constante para a seleção brasileira de masters. O primeiro jogo ocorre nesta quinta (9), em Fortaleza, contra a Itália no que será o reencontro de boa parte dos times campeão e vice na Copa do Mundo de 1994. A ideia, porém, é ampliar as próximas “convocações” para ex-atletas de outras gerações. Um reencontro da equipe campeã mundial de 2002 está nos planos.

“Desta vez foi algo específico dos jogadores campeões em 1994, mas no futuro vamos chamar de outras épocas, 2002, vamos sempre voltando no tempo”, disse Carlos Alberto Parreira, técnico campeão em 1994 e que, a princípio, é o nome que a CBF quer para ser o treinador dos masters nessas partidas.

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É preciso conciliar agenda, mas está no roteiro um jogo entre Brasil e Alemanha com ex-atletas que estiverem na final da Copa de 2002. Mas o leque também deve incluir confrontos entre times que misturem gerações contra, por exemplo, uma seleção mundial com ex-jogadores de várias nacionalidades.

O acordo com a Itália ocorreu diretamente com a federação daquele país, que fez o convite aos seus ex-atletas. Para completar um pouco mais de um time, já que nem todos daquela seleção de 1994 poderiam vir ao Brasil, profissionais de outras épocas foram convidados. Christian Pannuci, por exemplo, de uma geração posterior aos vice-campeões de 1994 está em Fortaleza. A CBF não confirmou os valores gastos para a realização da partida, nem sobre pagamento de cachês. A Itália terá ex-atletas importantes, como Baresi, e até o técnico daquela decisão, Arrigo Sacchi.

Sacchi, por sinal, evitou afagos ao futebol brasileiro e disse na entrevista pré-jogo que acha que o Brasil está traumatizado pela derrota de 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal da Copa de 2014, disputada em casa. Para ele, por esse motivo houve uma queda tática e técnica da seleção nos últimos anos.

Parreira, bem ao lado de Sacchi na coletiva, não concordou. Apesar de elogiar bastante a Itália de 1994 e a importância de Sacchi ao futebol mundial com seu revolucionário Milan do final dos anos 1980 e início dos 1990, o ex-treinador brasileiro disse que seguiu a escola brasileira, que para ele continua atualizada, para vencer a Copa de 1994.

O destaque será a presença de Romário, que há anos tem evitado eventos da CBF devido a atritos com a direção da confederação — o senador é crítico voraz principalmente depois da prisão, em 2015, do ex-presidente José Maria Marin, condenado nos EUA por receber propina para venda de direitos comerciais de campeonatos. Os também ex-presidentes Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero foram acusados dos mesmos crimes. Todos negam.

Romário aceitou o convite do presidente da CBF, Rogério Caboclo, após ser convencido pelos amigos Branco e Bebeto, parceiros na Copa de 1994. Branco não está em Fortaleza, mas é coordenador da base da confederação. Já Bebeto vai jogar e reeditar a dupla de ataque de mais de 25 anos atrás com Romário. No treino de reconhecimento realizado nesta quarta (8) no estádio Presidente Vargas, Romário não participou, porque ainda não havia chegado, e Bebeto ficou fora para se poupar de algumas dores. Dunga, inicialmente confirmado, não deve participar da partida. A presença de Romário surpreendeu, mas animou a maior parte dos ex-jogadores do Brasil presente.

Os ingressos custam R$ 20, com R$ 10 a meia-entrada e também podem ser trocados por alimentos. O jogo começa às 21h30 desta quinta (9) e terá transmissão do SporTV e da Fox Sports.

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Análise: crise no Flamengo explica por que não há hegemonia longa no Brasil http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2020/01/07/analise-crise-no-flamengo-explica-por-que-nao-ha-hegemonia-longa-no-brasil/ http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2020/01/07/analise-crise-no-flamengo-explica-por-que-nao-ha-hegemonia-longa-no-brasil/#respond Tue, 07 Jan 2020 10:15:19 +0000 http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/?p=11583 No início do século o São Paulo ensaiava uma hegemonia longa no futebol brasileiro: venceu três vezes seguidas a Série A por pontos corridos, algo que jamais se repetiu, e de quebra ganhou Libertadores e Mundial no formato atual, anual e com sete participantes, que será aposentado em 2020 pela Fifa.

Quem acompanhou de perto naquela época não tinha dúvidas de cravar o principal motivo de o clube ter se organizado para reinar: a estabilidade política. Enquanto os rivais paulistas conviviam com crises internas geradas principalmente por ciumeira entre cartolas despreparados, o São Paulo manteve uma rotatividade de presidentes que seguia uma linha de pensamento que explicava o sucesso.

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Pulamos no tempo mais de uma década e vemos o São Paulo ano a ano com dirigentes que não se entendem, presidente renunciando e entendemos porque o clube se tornou do mais organizado a um dos mais bagunçados e que hoje convive com uma falta de títulos inimaginável tempos atrás.

A demissão de Paulo Pelaipe do departamento de futebol do Flamengo toca no ponto chave da seguinte questão: por que não se criam hegemonias duráveis no futebol brasileiro? A resposta é bem simples: o amadorismo dos dirigentes brasileiros impede isso.

É óbvio que em um meio que circula tanto dinheiro e no qual pessoas ficam famosas da noite para o dia ao assumir um cargo executivo no departamento de futebol pode ser difícil controlar egos. É óbvio que não é preciso ter amizade com seu companheiro de trabalho para que a produtividade apareça, e o Flamengo do segundo semestre de 2019 mostra isso: os diretores Marcos Braz e Luiz Eduardo Baptista, o Bap, nunca se entenderam, como diversas reportagens nos últimos meses mostraram isso. Mas o time venceu e convenceu.

Com dinheiro em caixa, um time já desenhado e um técnico ousado fica difícil imaginar que em 2020 o Flamengo possa perder a hegemonia do futebol brasileiro. Isso, claro, se um clube de futebol fosse administrado como uma empresa. Com paixão envolvida acontecem coisas estranhas, como a demissão de Pelaipe por meio do RH sem que seu superior soubesse.

O Flamengo deveria olhar para o passado, é sempre bom. Nunca houve hegemonia  longa no futebol brasileiro moderno porque dirigentes, enciumados com o sucesso dos outros, boicotaram seus clubes, mesmo que não soubessem disso à época. Citei o São Paulo no início do texto, mas há outros exemplos, como o Palmeiras e o Corinthians dos anos 1990, que nadaram em dinheiro mas sofreram com cartolas amadores depois.

A ver como o clube reagirá.

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Romário aceita convite da CBF e após anos de atrito estará em jogo do tetra http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2020/01/06/romario-aceita-convite-da-cbf-e-apos-anos-de-atrito-estara-em-jogo-do-tetra/ http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2020/01/06/romario-aceita-convite-da-cbf-e-apos-anos-de-atrito-estara-em-jogo-do-tetra/#respond Mon, 06 Jan 2020 11:20:49 +0000 http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/?p=11569 Em atrito há anos, CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e Romário acertaram um cessar-fogo. O hoje senador pelo Rio de Janeiro aceitou o convite da direção da confederação e estará nesta quinta-feira (9) em Fortaleza para participar de um amistoso master entre Brasil e Itália, na reedição da final da Copa do Mundo de 1994. Num primeiro momento a CBF divulgou a lista dos presentes sem Romário.

O jogo, que será realizado no estádio Presidente Vargas, terá nomes importantes dos dois lados. Pelo Brasil estarão Taffarel, Gilmar, Cafu, Jorginho, Márcio Santos, Aldair, Ricardo Rocha, Ronaldão, Branco, Mauro Silva, Dunga, Mazinho, Bebeto, Zinho, Paulo Sérgio e Viola, comandados por Carlos Alberto Parreira — ele era o treinador naquela vitória nos pênaltis na Copa dos EUA que deu o tetracampeonato ao Brasil. A Itália terá Albertini, Baresi, Apolloni, Benarrivo, Berti, Costacurta, Casiraghi, Evani, Mussi, Massaro e Tassotti e será treinada por Arrigo Sacchi. Italianos de outras épocas da seleção italiana, como Panucci e Schillaci, também jogarão.

A surpresa fica pela presença de Romário, que há muitos anos está rompido com a CBF. Ele se transformou em um dos principais críticos da confederação, principalmente depois da prisão, em 2015, de José Maria Marin, ex-presidente da entidade condenado nos EUA por receber propina na venda de direitos comerciais de campeonatos, no caso que ficou conhecido como Fifagate. Outros dois ex-presidentes da confederação, Ricardo Teixeira e Marco Polo De Nero, também foram acusados de corrupção o que aumentou o tom das críticas de Romário. Todos negam serem culpados.

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Em julho de 2019 Romário declinou de participar da comemoração dos 25 anos da conquista do tetra. A CBF homenageou os jogadores na Granja Comary, o centro de treinamento das seleções em Teresópolis, e Romário não foi. Ao “Globoesporte.com”, na época, ele disse que estava combinando a comemoração com outros atletas, mas decidiu não participar quando a CBF entrou para organizar o evento.

O blog apurou que o acerto da participação de Romário foi feito diretamente com o presidente da CBF, Rogério Caboclo. Internamente a CBF comemora a aproximação depois de anos de atritos. Na quarta-feira (8) haverá um reconhecimento do gramado para os jogadores participantes, com entrevistas, mas a presença de Romário nesta prévia não está confirmada. O senador está de recesso do trabalho em Brasília.

O jogo entre Brasil e Itália tem ingressos vendidos a R$ 20, com R$ 10 a meia-entrada e terá início às 21h30.

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Corinthians inicia 2020 como grande paulista com mais atletas sob contrato http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2020/01/04/corinthians-inicia-2020-como-grande-paulista-com-mais-atletas-sob-contrato/ http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2020/01/04/corinthians-inicia-2020-como-grande-paulista-com-mais-atletas-sob-contrato/#respond Sat, 04 Jan 2020 04:00:07 +0000 http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/?p=11546 Ainda como reflexo do time B que mantém desde 2019, o Corinthians inicia 2020 como o grande clube paulista com mais jogadores sob contrato profissional: são 116, segundo levantamento do blog nos registros oficiais. Esse número, porém, deve mudar nas próximas semanas com contratações e saídas de atletas, principalmente por empréstimo.

O número já é inferior aos 126 de julho passado, quando levantamento mostrava o time do Parque São Jorge à frente dos rivais paulistas quando se tratava de vinculo com jogadores. Nessa lista inclui-se atletas do time principal, claro, mas também aqueles que voltam de empréstimo e não interessam e outros que ainda atuam na base, mas já assinaram como profissionais.

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O Santos tem 100 atletas sob contrato profissional, o Palmeiras 96 e o São Paulo 83, mas a lista mudará nos próximos dias. No caso do Palmeiras, por exemplo, jogadores como Borja, emprestado ao Junior Barranquilla, e Antonio Carlos, cedido ao Orlando City, deixarão de ter o acordo ativo até o retorno dos empréstimos. Janeiro, fevereiro, julho e agosto são, normalmente, os meses de maior movimentação contratual dos clubes brasileiros.

O Corinthians montou um time B, sub-23, para disputar a Copa Paulista, o torneio organizado no segundo semestre pela Federação Paulista de Futebol (FPF) principalmente para movimentar os times do interior que não têm calendário. Para o presidente Andrés Sanchez era cedo avaliar em julho se daria certo ou não o projeto. Hoje, internamente, o time B é visto como caro, mas a princípio será mantido para 2020.

Os elencos dos times principais, normalmente, têm entre 30 e 35 jogadores, mas os clubes optam por mais atletas sob contrato por alguns motivos. O principal é já deixar pronto um contrato profissional com talentos da base, acordos que podem ser firmados após os 16 anos. Também é uma maneira de deixar jogadores amarrados e, caso não sejam utilizados naquele ano, emprestá-los, o que pode ser uma maneira de fazer dinheiro.

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Conmebol congela premiação dos clubes para a Copa Sul-Americana de 2020 http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2020/01/03/conmebol-congela-premiacao-dos-clubes-para-a-copa-sul-americana-de-2020/ http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2020/01/03/conmebol-congela-premiacao-dos-clubes-para-a-copa-sul-americana-de-2020/#respond Fri, 03 Jan 2020 11:00:22 +0000 http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/?p=11535 A direção da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) aumentou a premiação para os participantes da Libertadores em 2020, mas congelou os valores da Sul-Americana. Ao menos seis clubes brasileiros participarão do segundo torneio em importância no continente que continuará distribuindo o total de US$ 47,2 milhões (R$ 191,5 milhões), como em 2019. Fortaleza, Goiás, Bahia, Atlético-MG, Fluminense e Vasco entram na primeira fase e outros brasileiros podem migrar da Libertadores a partir da segunda.

O campeão da Sul-Americana-2020 receberá os mesmos US$ 4 milhões (R$ 16,2 milhões) que o Independiente Del Valle (Equador) ganhou por 2019. As outras cotas se repetem: US$ 2 mi (R$ 8,1 mi) ao vice, US$ 800 mil (R$ 3,2 mi) aos semifinalistas, US$ 600 mil (R$ 2,4 mi) pelas quartas, US$ 500 mil (R$ 2,03 mi) pelas oitavas, US$ 375 mil (R$ 1,5 mi) pela segunda fase e US$ 300 mil (R$ 1,2 mi) na primeira fase. O vencedor acumulará US$ 6,57 milhões (R$ 26,7 milhões) somando as cotas de todas as etapas.

O blog apurou que o motivo do congelamento foi que comercialmente a Sul-Americana em 2019 deixou a desejar, principalmente a final única que precisou mudar de sede (de Lima, no Peru, para Assunção, no Paraguai) e teve dois  clubes de menor expressão, Del Valle e Colón (ARG), no confronto.

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Veja quem seu time enfrenta na Sul-Americana-2020

De 2018 para 2019 a cúpula da Conmebol aumentou em mais de 30% a premiação total da Copa Sul-Americana: de US$ 36,1 milhões para US$ 47,2 milhões. O acréscimo ao campeão foi ainda maior, de 60%, passando de US$ 2,5 milhões para os atuais US$ 4 milhões. Os clubes participantes da edição 2020 esperavam um crescimento parecido, mas acabaram frustrados com a informação recebida durante o sorteio dos confrontos, em 17 de dezembro na sede da entidade em Luque, no Paraguai.

A Recopa, que marca o encontro entre os campeões da Libertadores e da Sul-Americana, também manteve a premiação em US$ 2 milhões. O vencedor do confronto entre Flamengo e Del Valle ganhará US$ 1,25 milhão (R$ 5,08 mi) e o perdedor US$ 750 mil (R$ 3,04 mi). A disputa será em dois jogos.

A Libertadores-2020 pagará total de US$ 168,3 milhões (R$ 683,7 milhões), 4% a mais do que em 2019, e o campeão ganhará, só por vencer a final, US$ 15 milhões (R$ 61 milhões) – o Flamengo em 2019 recebeu US$ 12 milhões (R$ 48,7 milhões), aumento de 25% portanto.

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CBF projeta receita de R$ 153 mi com ingressos na Copa feminina em 2023 http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2020/01/02/cbf-projeta-receita-de-r-153-mi-com-ingressos-na-copa-feminina-em-2023/ http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2020/01/02/cbf-projeta-receita-de-r-153-mi-com-ingressos-na-copa-feminina-em-2023/#respond Thu, 02 Jan 2020 04:00:45 +0000 http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/?p=11523 A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) projeta uma receita de US$ 38,3 milhões (R$ 153,6 milhões) com a venda de ingressos caso receba a Copa do Mundo feminina de futebol em 2023. O número está no documento enviado pela entidade para a Fifa com o projeto para ser sede da competição. O Brasil disputa com outras três candidaturas: Japão, Colômbia e a conjunta de Nova Zelândia e Austrália. A Fifa terá uma definição em seu Congresso de junho de 2020 que será em Adis Abeba, na Etiópia.

A proposta brasileira prevê ingressos com preço variando de US$ 5 (R$ 20), para pessoas com deficiência, a US$ 94 (R$ 377), da categoria 1 para a final do Maracanã, no Rio. Esses valores não incluem os bilhetes de hospitalidade, que integram camarotes e áreas VIPs e que, segundo a projeção da CBF, podem render mais US$ 27,6 milhões (R$ 111 milhões) com custo que vai variar de US$ 153 (R$ 613) a US$ 791 (R$ 3.174).

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CBF encerra outro contrato e acaba 2019 com nove patrocinadores

A estimativa de receita total é de US$ 70,69 milhões (R$ 283,7 milhões) que inclui, além de ingressos e áreas de hospitalidade, os patrocinadores, venda de alimentos e bebidas e produtos licenciados. No documento entregue à Fifa, a CBF diz que o valor seria suficiente para a realização da competição.

A confederação brasileira projeta seis patrocinadores, cada um desembolsando US$ 500 mil (R$ 2 milhões) num total, portanto, de US$ 3 milhões (R$ 12 milhões). O curioso é que no documento entregue a CBF estima que esses parceiros sejam os mesmos que já investem na entidade. Hoje são nove patrocinadores: Nike (seu principal parceiro há anos e que desembolsa a maior quantia anualmente), Itaú, Vivo, Ambev (com a marca Guaraná Antártica), Mastercard, GOL, Cimed, Semp TCL e Fiat.

Entre alimentação e venda de produtos licenciados a CBF projeta algo em torno de US$ 1,75 milhão (R$ 7 milhões). Esses números são todos estimativas e podem mudar em duas condições: mercado, já que a competição será apenas em 2023, e por determinação da Fifa. Caso o Brasil seja escolhido a entidade mundial pode achar os valores praticados muito altos ou baixos.

A Colômbia, por exemplo, prevê vender ingressos a no máximo US$ 45 (R$ 180). A candidatura conjunta de Austrália e Nova Zelândia apresentou números mais próximos da brasileira, com entradas variando entre US$ 5 (com um detalhe: para crianças) e US$ 87 (R$ 349) na final. O Japão não detalhou esses dados, que segundo o comitê serão discutidos com a Fifa caso o país receba o direito de receber a competição.

O projeto brasileiro prevê jogos em oito estádios, o mínimo que a Fifa exige: Maracanã (Rio), Arena Corinthians (São Paulo), Beira-Rio (Porto Alegre), Mineirão (Belo Horizonte), Mané Garrincha (Brasília), Arena da Amazônia (Manaus), Arena Pernambuco (próximo a Recife) e Arena Fonte Nova (Salvador). Será a primeira Copa feminina com 32 seleções.

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Fifa punirá severamente racismo nas eliminatórias. Mas não só racismo… http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2019/12/30/fifa-punira-severamente-racismo-nas-eliminatorias-mas-nao-so-racismo/ http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2019/12/30/fifa-punira-severamente-racismo-nas-eliminatorias-mas-nao-so-racismo/#respond Mon, 30 Dec 2019 04:00:49 +0000 http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/?p=11515 Hong Kong x Bahrein empataram sem gols em 14 de novembro pelas eliminatórias asiáticas para a Copa do Qatar-2022. Ao final da partida o zagueiro Sayed Baqer, do Bahrein, se virou para os torcedores do time da casa e fechou os olhos, ato considerado racista ao imitar de maneira pejorativa uma característica física dos adversários. A TV flagrou e o Comitê Disciplinar da Fifa não aliviou: Baqer foi suspenso por dez jogos, o que vai deixá-lo fora de quase todo o resto da competição (só volta na reta final da terceira fase, se o Bahrein avançar), e sua federação foi multada em R$ 125 mil.

A Fifa avisou aos filiados que seu comitê disciplinar pretende trabalhar mais forte contra o racismo nestas eliminatórias. Por enquanto somente a Ásia e a África iniciaram seus qualificatórios e o caso de Baqer foi o único de racismo punido. A entidade já esperava isso: asiáticos e africanos têm histórico menor em casos de discriminação. A preocupação aumentará quando começarem os confrontos na Europa, no segundo semestre de 2020, e na América do Sul, em março de 2020, principalmente para racismo entre os europeus e homofobia para os sul-americanos.

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Os árbitros estão orientados a seguir os três passos contra a discriminação em casos de manifestação de torcedores: no primeiro, o jogo é paralisado e avisos nos telões e alto-falantes pedem para a torcida parar com as ofensas; no segundo, a partida para novamente, mas por mais tempo e os jogadores descem aos vestiários — novos avisos são dados. Caso não cessem, o terceiro passo é encerrar definitivamente o confronto.

Mas não é contra discriminação somente que a Fifa vai apertar as seleções nessas eliminatórias. O aviso dado é que situações que aparecem no Código de Disciplina e antes eram deixados de lado serão analisados e julgados, se necessário. Para algumas situações menos graves num primeiro momento será dada uma advertência, mas em caso de reincidência haverá multa e até punições mais severas, como jogar com portões fechados.

Por exemplo: a Fifa não quer mais manifestações desrespeitosas durante a execução dos hinos nacionais. Bahrein, Hong Kong e Iraque já receberam advertências porque seus torcedores vaiaram os adversários durante o pré-jogo. Já o Irã foi advertido porque seus jogadores e membros da comissão técnica não trocaram apertos de mão com os adversários, o Bahrein, em partida de 15 de outubro. Casos como esses eram ignorados, mas agora a Fifa pretende advertir, e até multar, por uma reeducação, apurou o blog.

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