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Marcel Rizzo

Borja ou Pratto? Guerrero ou Fred? Qual o centroavante mais caro do Brasil

Marcel Rizzo

03/03/2017 04h00

Pratto, hoje no São Paulo, e Fred quando jogavam pelo Atlético-MG (Crédito: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Qual o goleador mais caro em atividade no Brasil? Os "gringos" são realmente mais em conta do que os centroavantes nascidos no país?

Levantamento do salário aproximado dos principais "camisas 9" dos 20 times da Série A do Brasileiro em 2017 mostra que não, os estrangeiros não são mais baratos do que os brasileiros.

Um brasileiro, porém, é o mais bem pago de todos. Centroavante experiente, de 33 anos, nascido em Minas Gerais, Fred recebe por mês cerca de R$ 700 mil no Atlético-MG.

Os valores da maioria dos vencimentos mensais que serão apresentados são estimados porque alguns atletas recebem variáveis por produtividade.

Levando-se em conta o salário-base, a média dos cinco estrangeiros que se destacam por aqui na posição é de R$ 436 mil. Os outros 15 centroavantes, nascidos no Brasil, recebem em média R$ 258,6 mil.

Fred é o mais bem pago, seguido de perto pelo peruano Guerrero, do Flamengo, que fatura cerca de R$ 650 mil. O argentino são-paulino Lucas Pratto, com R$ 500 mil, e o gremista Barrios, com R$ 420 mil, aparecem na sequência.

A negociação do argentino naturalizado paraguaio Lucas Barrios do Palmeiras para o Grêmio diminuiu em 60% os rendimentos do atleta, que ganhava perto de R$ 1 milhão em São Paulo contando luvas por assinatura e gatilhos contratuais.

A média dos "gringos", portanto, poderia ser ainda maior.

O Palmeiras trocou Barrios pelo colombiano Miguel Borja, que chegou ganhando em dólar, mas com valor pré-fixado. Os US$ 85 mil valem hoje cerca de R$ 280 mil, o que o torna, dos centroavantes estrangeiros analisados, o que menos recebe. O argentino Ábila, do Cruzeiro, fatura R$ 330 mil.

Guerrero é o 9 gringo mais bem pago no Brasil (Crédito: Gilvan de Souza/ Flamengo)

Nacionais

A média de rendimento dos brasileiros cai, claro, porque clubes recém-promovidos à Série A, como Atlético-GO e Avaí, não pagam nem R$ 100 mil a seus centroavantes. Dos brasileiros, depois de Fred, o "camisa 9" mais bem pago é Henrique Dourado, do Fluminense, com cerca de R$ 400 mil.

Na sequência algo que pode até ser considerado surpresa. André voltou ao Sport a peso e salário de ouro, ganhando próximo a R$ 380 mil. Jô, no Corinthians, tem R$ 350 mil de ganhos.

Agentes de futebol ouvidos pelo blog avaliaram que ainda é vantajoso trazer jogador do futebol da América do Sul, e Borja, com menos de US$ 100 mil mensais de salário, é o exemplo.

Os casos dos centroavantes caros, como Guerrero e Pratto, aconteceram porque eles se valorizaram já atuando por aqui – o peruano no Corinthians, e o argentino no Atlético-MG.

Compare:

Os gringos (valores em R$)

Flamengo – Guerrero – 650 mil

São Paulo – Pratto – 500 mil

Grêmio – Barrios – 400 mil

Cruzeiro – Ábila – 330 mil

Palmeiras – Borja – 280 mil

Os brasileiros (valores em R$)

Atlético-MG – Fred – R$ 700 mil

Fluminense – Henrique Dourado –  R$ 400 mil

Sport – André – 380 mil

Corinthians – Jô – 350 mil

Santos – Ricardo Oliveira – 320 mil

Coritiba – Kleber – R$ 280 mil

Atlético-PR – Grafite – 220 mil

Vitória – Kieza – 220 mil

Bahia – Hernane – R$ 200 mil

Vasco –  Luis Fabiano – R$ 200 mil

Ponte Preta – Wiliam Pottker – 150 mil (já vendido ao Inter, sai em maio)

Botafogo – Roger – 150 mil

Chapecoense – Wellington Paulista – 100 mil

Atlético-GO – Júnior Viçosa – 60 mil

Avaí – Denilson –  50 mil

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

Sobre o Blog

Notícias dos bastidores do esporte, mas também perfis, entrevistas e personagens com histórias a contar.