Fifa confirma que triplicará indenização a clube que ceder atleta à Copa
A Fifa confirmou às associações filiadas durante seu Congresso no Bahrein, na semana passada, que repassará US$ 209 milhões (R$ 655 milhões) aos clubes que cederem jogadores para as seleções que disputarem a Copa-2018, na Rússia. Havia dúvida se a quantia seria essa depois das crises financeira e política que assolou a entidade nos dois últimos anos.
O valor é quase o triplo do que foi pago na Copa-2014, no Brasil – US$ 70 milhões (R$ 219 milhões) divididos entre 396 agremiações. O aumento foi uma forma que a Fifa encontrou de agradar aos clubes, principalmente aos europeus, e evitar protestos ao inchaço do número de participantes do Mundial a partir de 2026, dos atuais 32 para 48.
Apesar de a Fifa garantir que não haverá aumento no número de datas para se jogar a Copa, mantendo-se 31 dias, o acréscimo de 16 seleções fará com que os clubes tenham que ceder mais atletas para participem do torneio (serão 368 inscritos a mais), perdendo período de férias e, claro, sempre correndo risco de se lesionarem.
O dinheiro é dividido por alguns critérios, os principais: o número de jogadores cedidos por cada clube (quem envia mais, ganha mais) e o tempo que eles ficam à disposição da seleção durante a Copa (clubes que têm jogadores avançando à final, por exemplo, também recebem mais).
A Fifa adotou a compensação financeira na Copa da África do Sul, em 2010, quando distribuiu US$ 40 milhões (R$ 125 milhões). Na época ocorreu o auge da reclamação de times europeus em ceder jogadores para seleções nas datas-Fifa (quando ocorrem amistosos ou partidas de eliminatórias da Copa), e também na fase final do Mundial.
Houve movimentação, inclusive, para boicote em ceder jogadores, o que contraria as regras da entidade, que exige a liberação nas datas especificadas no calendário. Além da questão física dos atletas, que se desgastam em partidas e viagens por suas seleções, havia também a questão financeira, já que os altos salários pagos continuavam a ser obrigação apenas dos clubes.
Na mesma época, a Fifa introduziu outro benefício, que é o de compensação financeira em caso de lesão do jogador em ação pela seleção nas datas-Fifa ou torneios oficiais, como a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. A entidade reserva para isso cerca de US$ 100 milhões (R$ 313 milhões) por ciclo, que para a Fifa são quatro anos, entre as Copas do Mundo.
Em 2014, os clubes ingleses foram os que mais receberam por cederem atletas, mais de US$ 10 milhões (R$ 31 milhões). O clube que mais ganhou, porém, foi alemão, o Bayern de Munique, com US$ 1,73 milhão, seguido por Real Madrid-ESP (US$ 1,29 milhão) e Chelsea-ING (US$ 1,25 milhão).
Foram 11 os clubes brasileiros ressarcidos, totalizando US$ 1,21 milhão (R$ 3,8 milhões):
Atlético-MG – US$ 300,5 mil (R$ 941,7 mil)
Botafogo – US$ 218,4 mil (R$ 684,4 mil)
Palmeiras – US$ 154 mil (R$ 482,5 mil)
Fluminense – US$ 128,8 mil (R$ 403,6 mil)
Santos – US$ 117,6 mil (R$ 368,5 mil)
Inter – US$ 89,6 mil (R$ 280,7 mil)
São Paulo – US$ 44,8 mil (R$ 140,3 mil)
Vasco – US$ 44,8 mil (R$ 140,3 mil)
Corinthians – US$ 42,9 mil (R$ 134,4 mil)
Flamengo – US$ 40,6 mil (R$ 127,2 mil)
Grêmio – US$ 29,8 mil (R$ 93,3 mil)
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