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Marcel Rizzo

Custo de R$ 500 mi: como C. das Confederações é financeiramente ruim à Fifa

Marcel Rizzo

17/06/2017 04h00

Cristiano Ronaldo será a grande atração da Copa das Confederações (Crédito: Pedro Nunes/Reuters)

A Copa das Confederações começa neste sábado (17) com a Rússia enfrentando a Nova Zelândia (12h de Brasília), no que deve ser a última edição de um torneio que financeiramente não é vantajoso à Fifa como a Copa do Mundo.

Para a Rússia-2017, a previsão financeira é pessimista e, também por isso, a edição 2021, que deveria ser disputada no Qatar, seguindo a tradição de ser um evento-teste da Copa do Mundo do ano seguinte, corre o risco de não acontecer.

Para a Copa das Confederações de 2017, a Fifa projetou gastar US$ 153 milhões (R$ 502 milhões), mais do que o dobro que que desembolsou para que saísse do papel a Copa das Confederação de 2013, no Brasil – gastos de cerca de US$ 70 milhões (R$ 230 milhões). Em 2013, a Fifa não revelou as receitas específicas da Copa das Confederações, mas estima-se que tenha ficado próximo dos R$ 230 milhões gastos, portanto não gerando lucros para a entidade.

Como a venda de ingressos para a competição de 2017 ainda está em andamento (e, no momento, está próximo da metade dos 700 mil bilhetes disponíveis), e ainda há TVs negociando o direito de transmissão do torneio, a Fifa não projeta a receita da Copa das Confederações deste ano.

Mas há risco de déficit.

Despesas

Dos mais de R$ 500 milhões que serão gastos, a maior parte, R$ 210 milhões, foi para o Comitê Organizador do torneio (que também organiza a Copa do Mundo, mas com receitas distintas). Outros R$ 85 milhões foram para produção de TV, R$ 67 milhões serão distribuídos de premiação para os participantes e outros R$ 33,5 milhões foram separados para custos das seleções e confederações filiadas para a Fifa. Os R$ 106,5 milhões que sobram estão relatados como custos adicionais.

Não à toa a nova administração da Fifa acha o torneio caro, e muitas vezes sem atrativos –  conta com os campeões das seis confederações continentais, mais o atual campeão do mundo e o país-sede. É organizado pela Fifa desde 1997, e a partir de 2005, na Alemanha, se tornou evento-teste para a Copa.

Para essa edição, por exemplo, a Alemanha, vencedora da Copa-2014, levou um time cheio de jogadores jovens, evitando desgastar suas principais estrelas, que estarão de férias, já o campeão da América do Sul, o Chile, é menos chamativo do que Brasil ou Argentina. Como consolação, o provável melhor jogador do mundo de 2017, o português Cristiano Ronaldo, disputará a competição pela primeira vez. Mas foi pouco para atrair público e dinheiro.

Para 2021, a Fifa já cogitava tirar o torneio do Qatar, sede da Copa-2022, e distribui-lo pelo Oriente Médio. O fracasso que parece ser a edição 2017, porém, pode fazer com que a competição termine de vez, ou tenha outro formato.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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