Corinthians previa R$ 52 milhões com venda de atletas. Vai ganhar bem menos
A decisão da diretoria do Corinthians de não vender seus principais jogadores em 2017 devido à ótima campanha no Campeonato Brasileiro fez com que o clube, até a metade do ano, arrecadasse apenas 17% do que pretendia com a negociação dos direitos econômicos de seus atletas.
No orçamento aprovado pelo Conselho Deliberativo no fim de 2016, a direção previa arrecadar até R$ 52,14 milhões com a venda de jogadores, em valor bruto. Até o momento foram recebidos R$ 8,91 milhões, segundo o balanço financeiro de até 30 de junho, ou pouco mais de 17% do previsto ao fim do ano passado – como comparação, em 2016 o Corinthians faturou mais de R$ 144 milhões.
A janela de transferências para os principais mercados da Europa só fecha no dia 31 de agosto, portanto com mais duas semanas ativo, mas o Corinthians não está disposto a se desfazer de seus principais jogadores, mesmo estando disparado na liderança da Série A – oito pontos para o Grêmio, com um jogo a menos. Passando essa data, é improvável que haja vendas até dezembro, portanto o valor de quase R$ 9 milhões não deve se modificar, ou mudar muito pouco.
O lateral esquerdo Guilherme Arana, o volante Maicon e o zagueiro Balbuena foram alguns dos jogadores que tiveram sondagens, e até propostas oficiais para deixar o Parque São Jorge, e o clube segurou.
Mesmo se levasse em conta o valor líquido que pretendia receber no ano com negociações, de R$ 39 milhões, o recebido até agora é pouco mais de 23% do previsto – os R$ 13 milhões de abatimento do valor bruto seriam repassados a parceiros nos direitos econômicos dos atletas, sempre segundo o orçamento aprovado.
A não venda de jogadores, o que pressupõe que o time ficará forte até o fim do ano na briga por confirmar o título com a campanha invicta que faz até agora, tem a questão técnica, de não enfraquecer o time de Fábio Carille, mas também a política.
Um título nacional fará bem ao grupo de situação que, em fevereiro de 2018, enfrentará talvez sua mais dura tentativa de se manter no poder na eleição que está marcada. O rombo no futebol até o momento no ano está em 112,7 milhões, e só vai aumentar sem a venda de jogadores.
Esportivamente, a decisão de segurar os atletas é comemorada. Financeiramente, só aumenta o rombo do clube, que no ano já teve dificuldade para pagar salários e dívidas. Resta saber o que os associados, que elegem o presidente, vão levar em conta na eleição de fevereiro.
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