Por marketing, Fifa já monitora os possíveis estreantes na Copa
O aumento do número de participantes da Copa do Mundo, de 32 para 48 a partir da edição de 2026, deve fazer com que vários países façam sua estreia na fase final do Mundial. Esta foi a principal razão para a Fifa optar pela mudança, e tem como objetivo alcançar novos mercados.
Ainda serão, porém, mais duas Copas com 32 seleções, a de 2018, na Rússia, e a de 2022, no Qatar, em que a Fifa torce (discretamente, claro) para que equipes que nunca jogaram o torneio estejam por lá e que seu marketing possa atingir novos torcedores/consumidores.
Há, na entidade, um monitoramento das Eliminatórias, principalmente nesta reta final do torneio (que termina em novembro, com as repescagens). A ideia é se adiantar sobre a estratégia de marketing que será utilizada nos países que nunca estiveram no torneio e que têm boas chances de se classificar.
Existe, porém, um certo sentimento de frustração na Fifa. Pelo monitoramento, as maiores chances de saírem seleções estreantes são na África, continente em que o alcance de projetos da federação é mais voltado para o social do que para o marketing em busca de consumidores.
Na Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, oito seleções estrearam na Copa, ou um quarto das 32 classificadas. Foi o maior número de estreantes desde 1934, segundo Mundial, que teve dez debutantes muito porque os europeus praticamente faziam sua primeira Copa, depois que somente Bélgica e França toparam cruzar o Atlântico, em 1930, para o primeiro torneio, no Uruguai.
Imaginava-se se chegar entre seis e oito estreantes em 2018, muito pelo que seu viu em campeonatos continentais, como a Eurocopa, em que a Islândia chegou nas quartas de final, e na Copa da Ásia, em que o Uzbequistão também apareceu entre os oito melhores – essas duas seleções usadas de exemplo dentro da Fifa ainda estão vivas para obter uma vaga.
A alguns jogos do fim da eliminatória, essa projeção caiu para de dois a quatro estreantes, o que ainda seria bem melhor do que em 2014, quando só a Bósnia estreou, e 2010, quando Eslováquia e Sérvia jogaram pela primeira vez.
Em toda Copa houve ao menos um estreante. Depois de 1930 (primeiro Mundial, com 13), 1934 (dez) e 2006 (oito), a Copa de 1982 foi a com mais debutantes, com cinco. Para 2018, já são seis classificados, todos veteranos: Rússia (país-sede), Brasil, México, Bélgica, Japão e Irã.
Atualizado 19:20
Veja quais seleções que podem estrear ainda estão vivas pela Rússia-2018 (em negrito as com mais chances de vaga):
América do Sul
Nenhuma (só a Venezuela, já eliminada, nunca jogou uma Copa)
Europa
Islândia, Montenegro, Albânia e Chipre
Ásia
Síria
África
Burkina Faso, Uganda, Gabão, República Democrática do Congo, Cabo Verde e Zâmbia
Américas do Norte e Central
Panamá
Oceania
Ilhas Salomão perdeu para a Nova Zelândia (duas Copas no currículo) na decisão da vaga do continente na repescagem
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