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Marcel Rizzo

Cássio e Diego na Copa-2018 podem valer cota milionária a Corinthians e Fla

Marcel Rizzo

07/11/2017 04h00

Cássio tem boas chances de ir para a Copa-2018 (Crédito: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians)

A Fifa definiu quanto pagará a cada time que tiver jogadores convocados para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, o chamado "programa de benefício aos clubes". Caso a seleção brasileira chegue à final do Mundial, por exemplo, cada clube dos 23 convocados por Tite receberá US$ 400,9 mil (R$ 1,3 milhão) – a cota vale às equipes com atletas em todas as 32 seleções classificadas.

O técnico do Brasil só definirá a lista da Copa em maio do ano que vem, mas se desenha que ao menos três times brasileiros tenham atletas no torneio. Para os amistosos de novembro agora contra Japão e Inglaterra, o goleiro Cássio (Corinthians), o meia Diego Ribas (Flamengo) e o atacante Diego Souza (Sport) foram chamados, indicativo importante já que foi a penúltima lista antes da convocação final — haverá outra em fevereiro, para amistosos em março.

Destes, Cássio é aquele com mais chances de fazer a lista final, já que a comissão técnica tem a preferência por seus três goleiros (Alisson da Roma, e Ederson, do Manchester City, completam o trio) praticamente definida. Diego Ribas e Diego Souza precisam mostrar serviço para terem a vaga.

Outros clubes também vivem a expectativa de ter atletas na Copa como o São Paulo (Rodrigo Caio teve chances), Santos (teve Lucas Lima chamado) e Grêmio (Luan e Arthur lembrados). Há também aqueles que devem receber uma quantia por atletas estrangeiros convocados, casos, por exemplo, dos colombianos Mina e Borja, no Palmeiras, e Copete, do Santos, os uruguaios Martín Silva, do Vasco, e De Arrascaeta, do Cruzeiro, entre outros.

Os valores são variáveis de acordo com o tempo que o atleta ficará disponível para sua seleção. A Fifa definiu que pagará, por dia, US$ 8,53 mil (R$ 27,8 mil) a cada jogador convocado para o Mundial, como maneira de compensar a liberação dos clubes que pagam salários altíssimos a seus profissionais.

O recebimento é válido a partir de duas semanas antes do jogo de abertura da Copa, que no caso da Rússia-2018 será em 14 de junho, até um dia depois da eliminação da seleção do Mundial. Por isso o valor é variável: se um time, por exemplo, avançar até as quartas de final, a quantia a ser paga a cada um dos clubes que cederam atletas àquela seleção será de US$ 324,14 mil (pouco mais de R$ 1 milhão). O máximo a ser pago, como já dito, é o R$ 1,3 milhão aos times dos jogadores finalistas.

Mesmo se um atleta for vendido na janela de transferências de janeiro de 2018, por exemplo, o ex-clube tem direito a receber parte da cota – por isso o Santos teria direito se for confirmada a saída de Lucas Lima, que tem contrato no fim. A Fifa considera para o pagamento os times que tiveram o jogador sob contrato nos dois anos anteriores ao Mundial.

A Fifa prevê gastar um total de US$ 209 milhões (R$ 681 milhões) com o programa de benefícios, aumento substancial do que foi pago na Copa-2014, no Brasil, quando foi desembolsado US$ 70 milhões (R$ 228 milhões). Esse benefício aos clubes é diferente do pago a atletas que se machucam quando convocados às seleções em datas Fifa e competições da entidade, que tem valor reservado de US$ 134 milhões (R$ 437 milhões) para 2018.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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