Quase 80% dos classificados à Copa-18 usaram atletas nascidos em outro país
Relatório do Cies (Centro Internacional de Estudo dos Esportes, com sede na Suíça) mostra que 25 das 32 seleções (78%) classificadas para a Copa do Mundo de 2018 usaram atletas nascidos em outros países nas eliminatórias para a Rússia. Um dos sete a jogar somente com nascidos no país foi o Brasil.
O estudo analisou todos os jogadores utilizados pelas 31 seleções que vão ao Mundial no ano que vem (1.032), e 40 convocados pela Rússia nos últimos quatro anos (o país-sede não participou das eliminatórias). Entre as conclusões chama a atenção também que os sul-americanos têm os jogadores com menor estatura entre os participantes do próximo Mundial.
O documento é usado pela Fifa para analisar tendências e mudanças de características de atletas e de montagem de elencos ao longo das Copas do Mundo. Na conclusão, os pesquisadores disseram que "as diferenças observadas entre as características de cada seleção classificada mostram a diversidade de um evento como a Copa do Mundo. E o aumento de 32 para 48 participantes [a partir da Copa de 2026] só vai reforçar esse processo".
O Brasil teve a 10ª seleção mais baixa entre as classificadas a jogar as eliminatórias — 1,804 cm. Entre as cinco confederações filiadas à Fifa que terão times no Mundial (a Oceania não se classificou), a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol, com cinco vagas), tem a média de estatura mais baixa, com 1,796 — os europeus são quase 4 cm mais altos (1,832).
Brasil, Colômbia, Alemanha, Irã, Coreia do Sul, México e Arábia Saudita só usaram nas eliminatórias atletas nascidos em seus países. No Marrocos, 61,5% dos jogadores nasceram fora — disparado na liderança, já que Senegal teve 39,4% dos convocados nascidos em outro país. As seleções africanas normalmente têm muitos atletas nascidos em países europeus que participaram da colonização do país, e portanto podem optar pela dupla nacionalidade.
Com relação à média de idade, o Brasil de Dunga (que começou as eliminatórias como o treinador) e de Tite foi a 11ª mais velha, com 27,8 anos. O Panamá teve o time mais "idoso", com 29,4, ms chama a atenção a renovação da atual campeã Alemanha, com o segundo elenco mais jovem (25,7), só perdendo para os nigerianos (24,9).
O Brasil foi o 16º time que mais usou atletas que atuam fora do país, com 80% da lista. Croácia, Suécia e Islândia não tiverem um jogador sequer que atua em sua liga convocado, enquanto Inglaterra e Arábia Saudita só usaram profissionais de seus países.
Veja abaixo os itens levantados pelo relatório do Cies (os líderes, os últimos posicionados e o lugar do Brasil):
Média de idade
1- Panamá – 29,4 anos
2- Islândia – 29
2- Costa Rica- 29
4- Uruguai – 28,7
4- Arábia Saudita – 28,7
11 – Brasil – 27,8
31 – Alemanha – 25,7
32 – Nigéria – 24,9
Média de altura
1 – Sérvia – 1,856 cm
2 – Suécia – 1,852
3 – Islândia – 1,85
3 – Dinamarca – 1.85
5 – Croácia – 1,849
23 – Brasil – 1,804
31 – Japão – 1,781
32 – Arábia Saudita – 1,762
Jogadores nascidos fora do país (porcentagem)
1 – Marrocos – 61,5%
2 – Senegal – 39,4%
3 – Portugal – 32,1%
4 – Suíça – 31%
5 – Tunísia – 23,5%
32 – Brasil, Colômbia, Alemanha, Irã, Coreia do Sul, México e Arábia Saudita – 0%
Jogadores que atuam fora do país (porcentagem)
1 – Croácia – 100%
1 – Suécia – 100%
1 – Islândia – 100%
4 – Senegal – 97%
5 – Bélgica – 92,3%
5 – Sérvia – 92,3%
16 – Brasil – 80%
32 – Inglaterra e Arábia Saudita – 0%
Ligas que mais cederam jogadores às eliminatórias
1 – Inglaterra – 164 (15,3%)
2 – Espanha – 95 (8,9%)
3 – Alemanha – 90 (8,4%)
4 – Itália – 71 (6,6%)
5 – França e Rússia – 55 (5,1%)
19 – Brasil – 20 (1.9%)
20 – Egito – 16 (1,5%)
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