Não é só no Japão: onde seu time pode jogar na nova Copa Intercontinental
A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e a Uefa (União Europeia de Futebol) trabalham para que a partir de 2019 volte a ocorrer o jogo entre o campeão da Liga dos Campeões e o vencedor da Libertadores, a Copa Intercontinental. E ao menos seis países querem receber as partidas do torneio que em outubro recebeu da Fifa o status de mundial ao times ganhadores das edições de 1960 a 2004.
A partir de 1979 e até 2004 (quando foi cancelado com o início ininterrupto do Mundial da Fifa), com patrocínio de empresas japonesas, a Intercontinental passou a ser disputada em jogo único, no Japão — até então eram realizados dois ou até três partidas na casa dos times que se qualificavam para a disputa, ou seja, na Europa e na América do Sul.
Os japoneses já demonstraram vontade de realizar algumas das edições e há outros interessados, principalmente na Ásia, mas também em outros continentes. O blog apurou que Coreia do Sul, China, Austrália, Qatar e EUA levantaram o braço para levarem a seus países o jogo entre o melhor da Europa e o melhor da América do Sul.
O esboço da nova versão do Intercontinental prevê a manutenção de partida única, para não influenciar demais no calendário dos clubes. Mas é bem provável que haja um rodízio entre as sedes. Vai depender muito das empresas que patrocinarem, mas mesmo se, por exemplo, a montadora japonesa Toyota, eterna parceira dos Intercontinentais e Mundiais da Fifa, fechar acordo não deverá exigir que se jogue apenas no Japão.
O Qatar, por exemplo, se interessou por ser sede de uma das primeiras edições, se o torneio voltar de fato a partir de 2019. Já seria usado algum estádio que vai receber partidas da Copa do Mundo de 2022. A China tem investido pesado no futebol, e planeja concorrer para receber a Copa de 2030. Ter a Intercontinental pode ser interessante até por um possível apoio europeu para seu sonho de ter o Mundial — os sul-americanos têm seus próprios candidatos para 2030, um pool entre Argentina, Uruguai e Paraguai.
Em um primeiro momento é descartada a realização de partidas na Europa e na América do Sul, mas não é algo proibido para edições mais distantes. O período do ano em que os confrontos ocorreriam ainda é discutido, e pode ser em dezembro, como anteriormente, ou até mesmo entre junho e agosto, período de pré-temporada dos europeus.
Dinheiro
Tudo isso vai fazer com que financeiramente a Intercontinental seja mais atraente financeiramente, como mostrou o blog, do que é atualmente o Mundial de Clubes da Fifa, disputado anualmente por sete clubes e que dá ao campeão US$ 5 milhões (R$ 16 milhões) — e que deve mudar de formato, se tornando quadrienal e com mais equipes. Se projeta que os dois times que jogarem o Intercontinental possam faturar, cada, mais de R$ 30 milhões por edição.
Para dar mais valor ao provável retorno da Copa Intercontinental, o Conselho (antigo Comitê Executivo) da Fifa reconheceu no fim de outubro que os clubes vencedores do torneio entre 1960 e 2004 são considerados campeões mundiais – antes a entidade dizia que esse título pertencia apenas aos vencedores de torneios organizados por ela, entre 2000 e 2016 (de forma ininterrupta a partir de 2005).
Os brasileiros Santos (1962 e 1963), Flamengo (1981), Grêmio (1983) e São Paulo (1992 e 1993, e que também venceu o Mundial da Fifa em 2005) ganharam o status de campeão mundial. Corinthians (2000 e 2012) e Inter (2006) venceram os torneios organizados pela federação internacional.
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