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Marcel Rizzo

Ação antipirataria de clube em 3 estados pega até cavalinhos do Fantástico

Marcel Rizzo

09/12/2017 04h00

Cavalinhos apreendidos em ação semelhante realizada em outubro (Crédito: Divulgação/Atlético-PR)

Com ação realizada no dia 1º de dezembro, o Atlético-PR conseguiu por meio judicial que milhares de produtos falsificados com sua marca fossem apreendidos em cidades do Paraná — o clube também conseguiu ações para inibir a venda de seus produtos não licenciados em São Paulo e Minas Gerais.

Entre o material aparecem camisetas, agasalhos, bonés e até réplicas dos cavalinhos do Fantástico, programa dominical da TV Globo que usa os personagens para mostrar a classificação do Brasileiro.

O trabalho teve origem com o monitoramento de redes sociais, em que foi possível identificar o responsável pelo comércio ilegal e agir na apreensão dos materiais por meio de uma propositura de ação judicial (com requerimento de indenização). Todos os objetos não tinham o licenciamento necessário para usar a marca do clube, algo mais do que comum quando envolve clubes de futebol.

Em São Paulo, por exemplo, existem diversas ações na Justiça principalmente envolvendo os quatro maiores clubes (Palmeiras, São Paulo, Santos e Corinthians) que buscam ressarcimento pelo uso indevido de suas marcas. Uma das grandes dificuldades, porém, é identificar quem de fato faz a produção dos materiais, já que normalmente não são os mesmos que vendem.

No caso da ação do Atlético-PR, a diretoria jurídica do clube também enviou notificações a empresas identificadas no monitoramento das redes para que se retirassem produtos não licenciados de plataformas online de venda.

Há um início de mobilização de clubes e parceiros para cobrar maior fiscalização dos órgãos públicos no combate à pirataria principalmente em dias de jogos. Uma das empresas que encabeça esse processo é a Meltex, que administra as lojas oficiais de Palmeiras, Santos e Fluminense.

Para tentar combater a venda ilegal, a empresa tem colocado caminhões e stand de vendas nos estádios onde Santos e Fluminense atuam – no caso do Palmeiras a loja oficial fica próximo a um dos acessos do Allianz Parque. O problema é que o preço oferecido pelo material ilegal é bem menor – apesar, claro, da qualidade do material ser inferior.

Estima-se que entre 30 e 40% dos produtos comprados com marca dos clubes sejam piratas, e essa proporção aumenta em dia de jogos, quando os torcedores têm mais facilidade de acesso a esses objetos na porta dos estádios.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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