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Marcel Rizzo

Copa do Brasil terá o patrocínio de empresa de apostas eletrônicas

Marcel Rizzo

19/01/2018 16h32

A agência responsável por negociar os direitos da Copa do Brasil acertou patrocínio para o torneio, o segundo em importância organizado pela CBF, com a empresa de apostas eletrônicas Bodog. O valor do contrato, para o torneio de 2018, gira na casa do US$ 1 milhão (R$ 3,2 milhões).

A Bodog terá sua marca exposta nas placas de publicidade do campo, nos dias dos jogos, e em banners da competição — também terá ativos para ingressos e camarotes.

A Copa do Brasil, que no país só perde em audiência para a Série A do Brasileiro e reúne os principais times em um torneio com jogos eliminatórios, tem outros parceiros, como a empresa de pneus Continental, que inclusive dá seu nome à competição, no chamado acordo de naming rights.

No Brasil, a criação de empresas para apostas online não é permitido pela legislação, mas companhias com sede em outros países, caso da Bodog, atuam e recebem palpites de brasileiros. O site já marcou presença, por exemplo, na Premier League, a liga inglesa considerada hoje o principal campeonato nacional do mundo, estampando sua marca em times como Arsenal e West Bromwich.

É comum no futebol o patrocínio de empresas de apostas online, que estão investindo pesado em publicidade. Fifa e confederações, por seu lado, monitoram constantemente as apostas feitas nesses sites, por meio de empresas contratadas, para avaliar se há casos de manipulação de resultados — compra do placar para favorecer apostadores. Este ano, na Copa São Paulo de Juniores, torneio organizado pela Federação Paulista de Futebol, houve denúncia de tentativa da compra de partidas por parte de atletas do Estanciano, de Sergipe. O torneio teve patrocínio de um outro site de apostas, o "Bet90.com".

O acordo com a Bodog foi fechado pela empresa Klefer, que apareceu nos últimos anos na investigação da Justiça dos EUA sobre corrupção no futebol — o pagamento de propina a cartolas para a venda dos direitos comerciais de torneios para companhias de marketing esportivo. A Klefer sempre negou as irregularidades, e manteve contratos como este para negociar a publicidade da Copa do Brasil.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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