Citadini: 'Não pretendo deixar tribunal se vencer eleição do Corinthians'
Atualizado às 17h57
Antônio Roque Citadini não pretende, num primeiro momento, deixar definitivamente o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP) caso eleito presidente do Corinthians, em 3 de fevereiro.
O tema já causou a impugnação de sua candidatura, a pedido de um associado, mas uma liminar obtida na noite desta segunda (22), já na segunda instância do judiciário, o colocou de volta na disputa. Alguns aliados de Citadini defendem que ele se aposente do TCE se ganhar a eleição, para evitar que os derrotados acionem a Justiça contestando uma eventual vitória. Para ele, porém, isso está fora de cogitação agora.
"Posso pedir uma licença, me afastar por um tempo, mas não deixar definitivamente. Entendo que posso ocupar os dois cargos (presidente do Corinthians e conselheiro do TCE). É uma situação complexa, e não há uma decisão na Justiça sobre o tema", disse Citadini ao blog na manhã desta terça.
Mais tarde, em entrevista à rádio Jovem Pan, Citadini formulou de maneira diferente a resposta. Ele garantiu que não pretende descumprir a lei e forçar uma situação, e deixou em aberto uma decisão diferente em caso de vencer o pleito para evitar que a Justiça defina quem será o presidente corintiano — que é o que defende seus aliados. "Será feito o que a lei determinar", disse ele à Pan.
A comissão eleitoral do Corinthians entendeu que por ser membro do tribunal de contas Citadini é equiparado a magistrados, que não podem exercer cargos de direção em associações que não sejam de classe, e impugnou sua candidatura em 15 de janeiro. Para ele, qualquer pedido de invalidação deveria partir do TCE, e não do clube, já que não há no estatuto corintiano menção ao tema.
Miguel Marques e Silva, presidente do comitê eleitoral corintiano, acha que a manutenção da candidatura de Citadini fará com que a eleição corintiana termine com problemas caso ele vença em 3 de fevereiro: "A decisão da liminar em segunda instância diz que ele pode ser candidato, já que ainda não venceu a eleição e portanto não se pode proibir de exercer um cargo para qual não foi eleito ainda. Mas o problema é que a posse no Corinthians é logo após a contagem de votos, ou seja, haverá a duplicidade dos cargos caso ele vença", disse Silva.
O medo no clube é que ocorra algo parecido com o que aconteceu recentemente no Vasco, em que a eleição foi parar na Justiça, com votos sendo anulados e a administração parada por semanas esperando uma decisão. Hoje, os dois candidatos favoritos são Citadini e o deputado federal Andrés Sanchez, que já presidiu o clube entre 2007 e 2012, e representa a situação.
Os advogados Felipe Ezabella e Romeu Tuma Jr e o empresário Paulo Garcia completam a lista de candidatos — este último ainda é investigado por supostamente ter dado dinheiro a associados para quitarem dívidas e poderem votar. Uma decisão se será ou não impugnado deve sair na quinta (25).
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