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Marcel Rizzo

Chegadas de Tréllez e Nenê geram críticas por diminuir uso da base no SP

Marcel Rizzo

30/01/2018 04h00

Shaylon tem agradado a Dorival Júnior (Crédito: Rubens Chiri/saopaulofc.net)

As contratações de Tréllez e Nenê não foram unanimidade no São Paulo porque se avalia que vão tirar espaço de jogadores mais jovens. O mais citado entre os cartolas é Shaylon, 20 anos, titular nas três partidas em que o técnico Dorival Júnior usou seus principais atletas na temporada até agora.

Outros dois nomes que estão sendo escalados por Dorival neste começo de temporada, Brenner e Caique, também podem perder espaço com as chegadas dos dois jogadores, que assinaram contratos na semana passada. A avaliação é que Dorival Júnior, em um primeiro momento, precisa apostar nos reforços, pelo grau de investimento que foi feito, e deixar os garotos de lado.

Nas críticas o nome de David Neres é lembrado. O atacante foi vendido em janeiro de 2017 com apenas três meses no profissional, aos 19 anos, para o Ajax, da Holanda, onde tem brilhado. Pelo São Paulo foram oito partidas, com três gols, e o clube fechou por 12 milhões de euros (R$ 47 milhões). Na época, a venda ajudou a equilibrar as contas, mas houve criticas porque o atleta poderia ter sido melhor aproveitado — na época o treinador Rogério Ceni não queria que o garoto deixasse o clube tão cedo.

Com relação a Tréllez, foi lembrado que ele joga em posição semelhante a de Diego Souza, outro reforço para 2018. O São Paulo vai desembolsar R$ 6 milhões pelo colombiano, de 28 anos e que atuava no Vitória. Nenê, 36, chegou de graça ao romper com o Vasco, mas receberá cerca de R$ 250 mil mensais, valor bem superior do que um salário de jovem recém-promovido da base.

Há no clube quem critique a diretoria atual pelas contratações, que serviria para agradar torcedores e imprensa, sem planejamento a longo prazo e cita um ciclo que funcionaria da seguinte maneira: se contrata no começo do ano jogadores mais veteranos com altos salários, no meio do ano é preciso vender revelações para recompor as finanças e ao fim da temporada boa parte dos experientes não renderam o que se esperava.

Exemplo citado de reforço que não deu certo foi Maicosuel. Contratado em junho do ano passado por pouco mais de R$ 3,5 milhões, o jogador de 31 anos chegou com salário na casa dos R$ 300 mil, e não rendeu. O contrato dele vale até 2020, mas o São Paulo quer negociá-lo. Há quem tema que o mesmo possa ocorrer com Nenê.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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