Ingleses se movimentam por Copa-2030 e América do Sul e China ganham rival
A candidatura tripla de Argentina, Uruguai e Paraguai para receber a Copa do Mundo de 2030, que marcará o centenário do torneio, já tem até o número de sedes definido, dividido por cada país, mas deve enfrentar forte concorrência. Primeiro a China, principal parceira comercial da Fifa na atualidade, e agora a Inglaterra aparecem como possíveis candidatos.
Os ingleses ainda são discretos na possibilidade de se candidatarem, mas o blog apurou que há articulação para apoiar EUA/México/Canadá na briga com Marrocos pela sede da Copa do Mundo de 2026. A eleição será realizada dia 13 de junho, em Moscou, na véspera da abertura da Copa da Rússia, e cartolas da Inglaterra trabalham para que boa parte dos eleitores europeus votem na candidatura tripla dos países da América do Norte — as 211 federações filiadas à Fifa terão direito a voto — pensando já em 2030.
A Inglaterra perdeu para a Rússia o direito de ser sede da Copa-2018, em votação, à época, feita somente pelos membros do então Comitê Executivo, formado por 25 membros. Houve suspeita de compra de votos, tanto para o Mundial vencido pelos russos como para 2022, que teve o Qatar como escolhido. Desta vez, porém, o novo formato de votação, com todos os filiados escolhendo, e em um sistema aberto (as escolhas serão anunciadas) fazem os ingleses avaliarem seriamente a possibilidade de se candidatar.
A China também ainda não se apresentou oficialmente como pré-candidata, mas tem no aporte financeiro de empresas do país na Fifa o principal cartão de visitas para isso. Hoje, dos 12 principais patrocinadores da entidade, quatro são chineses — Wanda (conglomerado imobiliário), Hisense (eletrônicos), Vivo (telecomunicação, sem ligação com a empresa brasileira homônima) e Mengniu (manufaturados).
Os países da América do Sul tem, como um dos argumentos por 2030, o fato de o primeiro Mundial ter sido jogado no Uruguai, portanto os 100 anos da Copa deveriam ser comemorados de volta ao palco inicial. Resta saber se isso servirá contra o poderio econômico dos possíveis concorrentes.
A Fifa deve tomar uma decisão sobre a Copa-2030 daqui dois anos, em 2020, o que dará dez anos para o escolhido se preparar, mais do que os oito anos que atualmente são proporcionados.
Argentina como base
Na segunda (9), os dirigentes dos países da América do Sul postulantes por 2030 divulgaram como seria a divisão de sedes por países: a Argentina teria oito cidades recebendo jogos, e Uruguai e Paraguai duas cada. São 12 no total, portanto, para receber 80 partidas em uma Copa do Mundo que já estará inchada com 48 seleções — atualmente são 32 participantes, com 64 confrontos.
Havia dúvida, entre os sul-americanos, se este número seria suficiente para dar tempo de descanso aos gramados, mas um estudo feito mostrou que sim. As duas candidaturas para 2026, ano em que será a estreia do novo formato da Copa, têm mais sedes em seus projetos: EUA/México/Canadá prometem 16 estádios, e Marrocos 14.
A ideia é usar Lionel Messi como garoto-propaganda do Mundial. Em 2030, claro, ele já terá encerrado sua carreira, mas a aposta é que será um grande chamariz para possíveis patrocinadores.
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