Brasileiro Sandro Meira Ricci deve atuar mais como árbitro de vídeo na Copa
A Fifa vai priorizar profissionais da Europa e da América do Sul em posições chave de árbitro de vídeo durante a Copa do Mundo de 2018 — será a primeira vez em Mundial que a tecnologia será usada para analisar lances duvidosos. O brasileiro Sandro Meira Ricci deverá atuar com frequência nessa função na Rússia.
O departamento de arbitragem da Fifa entende que árbitros e assistentes europeus e sul-americanos estão mais bem treinados e ambientados com o sistema. Ricci, por exemplo, foi o primeiro profissional a atuar como VAR (na sigla em inglês) em uma Libertadores, na semifinal entre River Plate e Lanús, no ano passado. Ele também ocupou o posto na Copa das Confederações de 2017, na Rússia, e fala quatro línguas (português, inglês, espanhol e italiano), o que, claro, facilita a comunicação com outros membros da arbitragem.
Serão 36 árbitros e 63 assistentes convocados para a Copa, das seis confederações filiadas à Fifa. A entidade ainda não definiu se deixará alguns profissionais exclusivos como árbitro de vídeo, mas é possível que isso ocorra. De qualquer maneira, o posto de VAR, que é o principal profissional na sala de vídeo e quem se comunica diretamente com o árbitro de campo, deve ser na maioria dos jogos ocupado por um europeu ou sul-americano.
Relatório da Fifa apontou que os treinamentos realizados nesses dois continentes foram mais satisfatórios. Apesar de na América do Sul ainda não haver torneios com o VAR consolidado (os clubes participantes do Brasileirão, por exemplo, rejeitaram a tecnologia para 2018 alegando alto custo e ainda certa desconfiança quanto à sua efetividade), o sistema é testado há pelo menos três anos.
Da Europa, a Fifa optou por levar, por exemplo, árbitros e assistentes da Itália e da Holanda, países que nem se classificaram para o Mundial. Os italianos, assim como os alemães, já utilizam o VAR em sua primeira divisão. Os holandeses começarão a usar em sua elite a partir da próxima temporada, com início em agosto, mas a Holanda, assim como o Brasil, foi uma das federações pioneiras no teste com o árbitro de vídeo.
Quatro analisando as imagens
Serão quatro profissionais analisando as imagens por partida, portanto juízes e assistentes das outras quatro confederações (África, Ásia, Américas do Norte, Central e Caribe e Oceania) também serão usados. Mas, hoje, a orientação é que nos dois postos chave dentro da sala, o escolhido seja europeu ou sul-americano.
A principal função, chamada pela Fifa de VAR, é do árbitro de vídeo principal, que terá comunicação direta com o juiz de campo e quem, de fato, vai definir se um lance precisa ser verificado. Este terá acesso a todas as câmeras espalhadas pelo estádio (33 no total).
O chamado AVAR2 (Árbitro de Vídeo Assistente 2) ficará exclusivamente atento às câmeras de impedimento (duas exclusivas da Fifa). Essa também é considerada uma função chave para a Fifa, que não quer erros nesses tipos de lance. Os demais profissionais, o AVAR1 e o AVAR3 analisarão outras câmeras, e devem ser profissionais de outras federações.
A Fifa definiu que montará uma base em Moscou, dentro do IBC (centro de transmissão), para que os profissionais de vídeo fiquem (e deu o nome de VOR, sigla em inglês para Video Operation Room, em tradução a Sala de Operação de Vídeo). Ou seja, os auxiliares que verão as imagens não estarão nos estádios, e a comunicação com o juiz de campo será feita por rádios.
Os 64 jogos da Copa da Rússia terão o VAR, que poderá ser usado para tirar dúvidas em casos de impedimentos, se o pênalti foi dentro ou fora da área, se o cartão vermelho dado diretamente foi justo e para identificar atletas que mereçam ser advertidos em casos de confusão, por exemplo. A decisão final, seja se o VAR será usado ou se uma decisão de campo pode ser modificada, vai ser sempre do árbitro de campo.
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