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Marcel Rizzo

Corinthians pode faturar quase R$ 3 mi com Cassio e Fagner na lista de Tite

Marcel Rizzo

15/05/2018 04h00

Fagner vai jogar sua primeira Copa (Crédito: Pedro Martins/MoWa Press)

As convocações de Cassio e Fagner para a Copa do Mundo da Rússia podem render para o Corinthians quase R$ 3 milhões, caso a seleção brasileira chegue até a final. O valor será repassado pela Fifa como maneira de compensar o período que os atletas estarão longe do Parque São Jorge.

O programa de benefício da Fifa vai distribuir US$ 209 milhões (R$ 757 milhões) aos clubes que cederem jogadores para as 32 seleções que disputarão o Mundial. A entidade pagará US$ 8,53 mil (R$ 30,8 mil) por dia por cada convocado — no caso do Corinthians, será dobrado porque foram dois na lista de Tite.

O início do período do pagamento é duas semanas antes da partida inaugural da Copa, dia 14 de junho, entre Rússia e Arábia Saudita, e se encerra um dia depois da eliminação da seleção do chamado para o Mundial — não é, portanto, quando os atletas se apresentarem em Teresópolis, na próxima segunda (21).

O dinheiro começa a contar em 31 de maio, e vai acabar quando a seleção sair da Copa, ou até a decisão. No caso dos corintianos serão US$ 401 mil (R$ 1,45 milhão) referente a cada um deles, o que somado dá US$ 802 mil (R$ 2,9 milhões) se o time de Tite for finalista. O mínimo que o Corinthians poderá receber, se o Brasil cair na primeira fase, será de US$ 494 mil (R$ 1,78 milhão). Não importa se o jogador entra em campo ou não, importante porque Cássio, como terceiro goleiro, dificilmente será usado por Tite.

Os dois corintianos eram dúvidas na lista. Cassio disputava com Neto a vaga de terceiro goleiro, e o arqueiro do Valencia tinha sido chamado nos últimos amistosos. Já Fagner, mesmo se recuperando de contusão ainda, se beneficiou da lesão de Daniel Alves, do PSG, que vai operar o joelho e perderá a Copa.

Outro clube brasileiro, o Grêmio, que teve Geromel chamado receberá total de US$ 401 mil (R$ 1,45 milhão), caso o Brasil vá até a final. O mínimo que poderá receber será US$ 247 mil (R$ 894 mil). Somente os três, os dois corintianos e o gremista, foram chamados e atuam no futebol brasileiro. Os demais jogam fora do país, e seus clubes também serão indenizados.

No futebol brasileiro espera-se, agora, a confirmação da convocação de algumas outras seleções para saber se atletas estrangeiros que jogam no país serão chamados. No Palmeiras, por exemplo, o atacante Borja está na pré-lista da Colômbia. No Vasco o goleiro Martin Silva, uruguaio, e no Cruzeiro outro do Uruguai, Arrascaeta, jogarão o Mundial.

O Flamengo estava certo que teria a compensação pelo peruano Paolo Guerrero, mas o CAS (Tribunal Arbitral do Esporte) aumentou a pena por doping do atleta nesta segunda (14) e ele está fora da Copa na Rússia (o colombiano Cuellar está na pré-lista). O São Paulo espera que o peruano Cueva esteja na Rússia.

A Fifa aumentou, em 2018, o valor total do programa de benefício após reclamação dos clubes, principalmente dos europeus. Em 2014, na Copa do Brasil, o valor total distribuído foi de US$ 70 milhões (R$ 254 milhões). Triplicou, portanto. Essa indenização não equivale ao pagamento do salário dos atletas no período em que estão servindo a seleção — a CBF ainda deverá repassar dinheiro aos clubes por estar com seus jogadores no Mundial.

Esse benefício aos clubes também é diferente do pago a atletas que se machucam quando convocados às seleções em datas Fifa e competições da entidade, que tem valor reservado de US$ 134 milhões (R$ 485 milhões) para 2018.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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