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Marcel Rizzo

Efeito Tite: clubes deveriam esperar acabar a Copa para contratar técnico

Marcel Rizzo

21/06/2018 09h55

Botafogo e Fluminense ficaram sem técnicos na parada dos principais campeonatos por causa do Copa do Mundo, já procuram substitutos para Alberto Valentim e Abel Braga, respectivamente, mas deveriam esperar mais um pouco. O mercado de treinadores no Brasil deve se mexer a depender do futuro der Tite na seleção, como já mostrou o blog.

O planejamento de treinamentos na folga da Copa para esses clubes já foi prejudicado com as mudanças, portanto esperar mais um pouco não fará diferença. Se Tite deixar o comando da seleção, é provável que a CBF opte por alguém empregado em grande clube — fala-se muito em Renato Gaúcho, do Grêmio. Um movimento como esse abriria não só a vaga no clube gaúcho, como outros treinadores, que aguardam o pós-Copa, começariam a se mexer. Caso de Cuca.

Renato mesmo optou por não ir ao Flamengo quando procurado no começo de 2018 por alguns motivos, entre eles uma possibilidade de comandar o Brasil. Se precisar deixar o Grêmio em julho ou agosto, clube no qual está há quase dois anos e tem conquistas como a Copa do Brasil e  Libertadores, será bem menos traumático do que se tivesse ido à Gávea e saísse com seis meses.

Mesmo clubes que não perderam, ou demitiram, seus treinadores nessas férias forçadas poderão se movimentar caso vagas sejam abertas. O Corinthians, apesar de continuar bancando Osmar Loss, poderia ir em direção a Tite, por exemplo — apesar de o treinador aparentar não ter interesse em voltar a dirigir clube brasileiro no momento.

O Flamengo deveria ser um desses clubes a espreitar o mercado, mas o trabalho de Mauricio Barbieri no Brasileiro tem sido convincente e o time parou para a Copa líder da competição, quatro pontos à frente de Atlético-MG e São Paulo. Se Tite ficar na CBF, ou sair e o nome escolhido pela CBF não for Renato, a tendência seria o clube do Rio insistir no treinador do Grêmio, mas seria uma jogada interessante agora? Provavelmente não.

O Botafogo já acenou para Zé Ricardo, que recentemente deixou o Vasco, e o Fluminense conversou com Dorival Júnior. Nomes interessantes, com trabalhos bem feitos recentemente, mas por que não esperar mais 25 dias e ver como o mercado vai reagir ao futuro de Tite?

Em tempo: a CBF já sinalizou mais de uma vez que quer manter Tite, independentemente do resultado na Rússia. O treinador, porém, sábio que é avalia que um tropeço na Copa o faria iniciar um "segundo mandato" pressionado. E, se ganhar, o que mais poderá almejar nesse cargo? Uma tendência a sair, nesse momento, é maior.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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Notícias dos bastidores do esporte, mas também perfis, entrevistas e personagens com histórias a contar.