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Marcel Rizzo

Copa América deve corrigir 'erro' da Copa-2014 e ter o Brasil no Maracanã

Marcel Rizzo

22/08/2018 04h00

A Copa América-2019 deve corrigir um erro da Copa do Mundo de 2014 e ter a seleção brasileira em campo no Maracanã. A tabela do torneio continental, que ano que vem será no Brasil, ainda é discutida, mas como país-sede o time da CBF será predefinido como cabeça de chave do Grupo A e terá a escolha de onde jogar, como é praxe nessas competições.

O blog apurou que a ideia é que o Brasil atue no Rio, cidade que terá o Maracanã como estádio, em um das três primeiras partidas. As outras quatro cidades que receberão partidas da Copa América são Porto Alegre, São Paulo, Belo Horizonte e Salvador, que disputam as duas outras partidas da equipe de Tite na primeira fase.

Em 2014, a seleção avançou até a semifinal e a tabela não a levou ao Maracanã. Na época houve críticas de a seleção só atuar em seu estádio mais importante e conhecido internacionalmente se chegasse à final — o que não ocorreu, já que na semifinal, em Belo Horizonte, levou a goleada de 7 a 1 para a Alemanha e teve que jogar o terceiro lugar em Brasília. No Mundial, o time de Felipão passou por São Paulo e duas vezes em Brasília, Fortaleza e BH.

Em torneios de seleções da Fifa ou da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), o país-sede não sabe antes quem vai enfrentar, já que a formação dos grupos é feita por sorteio, mas pode escolher onde jogar. A Rússia na Copa-2018, por exemplo, esteve na primeira fase nos dois mais importantes estádios da competição, o Luzhniki, palco da abertura e da final, e a arena de São Petersburgo.

Quatro anos atrás, a Fifa exigiu que São Paulo recebesse o jogo de abertura, por uma questão de logística já que era a mais preparada para receber centenas de cartolas que participariam do Congresso da entidade, que sempre ocorre na véspera do jogo inaugural. A rede hoteleira e a oferta de restaurantes da capital paulista agradavam a Fifa.

O Brasil, portanto, precisou atuar em São Paulo, já que o país-sede, desde 2006, abre a Copa do Mundo. Mas um dos dois jogos seguintes poderia ser no Maracanã, já que se sabia desde sempre que os donos da casa estariam no Grupo A e poderia se acomodar o Rio na segunda ou terceira partidas.

Não foi o que aconteceu. Fortaleza, como uma espécie de prêmio por ter sido uma das primeiras cidades a entregar um estádio da Copa, e Brasília, por questões políticas e, também, para que a seleção se apresentasse na arena mais cara do Mundial (maneira de justificar talvez o mais de R$ 1,5 bilhão para erguer o novo Mané Garrincha), acabaram recebendo jogos do Brasil na primeira fase. E como não chegou à decisão, o Rio, e o Maracanã, não tiveram o Brasil na segunda Copa realizada por aqui.

Desta vez, isso não vai ocorrer se depender da vontade dos organizadores da Copa América. É possível até que a abertura ocorra no Maracanã, com o Brasil em campo, claro. Outras cidades pleiteiam o jogo inaugural como São Paulo e Belo Horizonte. A tabela da competição, com o número de jogos em cada cidade e a confirmação dos estádios, deve sair até o fim de 2018.

Se Belo Horizonte, que também sonha com a final, sabe que o Mineirão receberá as partidas ali, e Salvador que sua arena é a Fonte Nova, São Paulo e Porto Alegre vivem indefinições já que têm mais de uma boa opção. Com a saída da Arena Corinthians da disputa, como revelou o Globoesporte e o UOL Esporte confirmou, o Allianz Parque, do Palmeiras, e o Morumbi, do São Paulo, estão na briga para ser o estádio da capital paulista no torneio continental. No Sul, Inter e Grêmio são candidatos e vai levar quem cobrar menos dos organizadores pelo aluguel do espaço.

A Copa América será disputada de 7 a 30 de junho do ano que vem, com 12 participantes — além das dez seleções filiadas à Conmebol foram convidadas as federações do Japão e do Qatar. Os qatarianos usarão o torneio como teste para montagem de sua seleção que disputará pela primeira vez uma Copa, em 2022, quando será a sede.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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