Dois dos três 'juízes' do caso Sánchez já votaram contra álibi do Santos
Dois dos três membros do Tribunal de Disciplina da Conmebol que analisarão se o Santos usou irregularmente o volante Carlos Sánchez contra o Independiente (ARG) tiveram entendimento contra a principal tese de defesa santista em julgamento de caso semelhante no começo de agosto.
O Deportes Temuco, do Chile, alegou que havia consultado o "Comet", sistema digital da Conmebol destinado a registro de jogadores e arquivamento de súmulas, para escalar o jogador Requena contra o San Lozenzo, pela Copa Sul-Americana. O time argentino provocou que a inscrição do atleta estava irregular, e o tribunal entendeu assim dando a vitória por 3 a 0 aos argentinos — que perderam inicialmente por 2 a 1.
Assinaram a decisão três dos cinco membros do tribunal: o paraguaio Eduardo Gross Brown, o venezuelano Amarílis Belisario e o brasileiro Antônio Carlos Meccia. Os dois primeiros analisarão o caso do Santos, junto com o chileno Cristóbal Valdez. Meccia, por ser brasileiro, não pode atuar no caso do Santos, assim como o argentino Diego Pirota.
O Santos tem a consulta que fez ao "Comet" como principal álibi na alegação de que Sánchez estava apto a entrar em campo na terça (21), na ida das oitavas de final da Libertadores. Ele foi expulso quando atuava pelo River, em 2015, pela Copa Sul-Americana e depois disso nunca mais esteve em campo em jogo organizado pela Conmebol. Ainda em 2015 pegou três partidas de suspensão, que, segundo a acusação do Independiente, caiu para uma partida devido a anistia dada pela confederação sul-americana, em 2016, a clubes e jogadores para comemorar o centenário da entidade. Para os argentinos, esse jogo de suspensão não foi pago e deveria ter sido cumprido na terça.
O Santos, em sua defesa, alega que no "Comet" Sánchez estava liberado. Mas o sistema não é algo oficial da entidade, nem consta em regulamentos, por isso até mesmo dentro da Conmebol a punição para os santistas é vista como bem provável (apesar de a decisão ser do tribunal). Se punido, o Santos perderia o jogo por 3 a 0 (foi 0 a 0 em campo) e teria que reverter a desvantagem na volta, terça que vem (28), no Brasil. Caberia, ainda, recurso à Câmara de Apelações da Conmebol.
O Tribunal de Disciplina da Conmebol tem cinco membros , e um modus operandi diferente de tribunais desportivos no Brasil, como os estaduais ou o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Raramente há sessões presenciais em Assunção, sede da Conmebol, ou outro país do continente. Normalmente os casos são decididos individualmente por um dos membros, mas em situações mais polêmicas, como a do Santos, um colegiado de três membros vota.
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