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Marcel Rizzo

Corinthians estipula multa para rescisão maior em novo contrato de Carille

Marcel Rizzo

05/01/2019 04h00

A multa caso Fábio Carille queira sair do Corinthians antes do final do contrato, ou se o clube decidir demiti-lo, é um pouco mais salgada agora nessa segunda passagem do treinador pelo Parque São Jorge do que o valor da rescisão do primeiro acordo, pago pelo técnico em maio de 2018 ao sair para assumir o Al-Wehda, da Arábia Saudita.

Uma rescisão entre Carille e o Corinthians antes de dezembro de 2020, prazo do contrato assinado no começo de janeiro, fará com que aquele que seja o responsável pela separação pague 50% do valor restante que o técnico teria a receber. Por exemplo: se Carille sair em dezembro de 2019, por vontade própria, terá que pagar ao clube o equivalente a seis salários (metade de 12) a que teria direito até o fim do acordo. O mesmo vale se o Corinthians o dispensar. É mais do que os dois salários de multa da primeira passagem de Carille.

Na conta do fim do atual contrato entra tudo o que ele teria a ganhar, portanto se houver bônus por títulos não pago na ocasião, por exemplo, também seria registrado. Os acordos recentes de treinadores, não só com o Corinthians, tem incrementado essas bonificações por metas alcançadas, como títulos e classificações a torneios.

Em maio de 2018, após 17 meses comandando o time e com três títulos conquistados (dois Paulistas e um Brasileiro), Carille decidiu deixar o Corinthians e foi treinar o Al-Wehda, clube emergente da Arábia Saudita. Na ocasião, o presidente Andrés Sanchez confirmou que a multa do acordo que valia até dezembro de 2019 era de dois salários — cerca de R$ 600 mil. Agora, essa quantia pode bater na casa de alguns milhões se o contrato for rescindido com muitos meses para se encerrar, em dezembro de 2020.

Para deixar o futebol árabe agora (estava assinado até 2020) a multa estipulada em contrato do treinador com o Al-Wehda foi de US$ 700 mil (R$ 2,6 milhões), que foi paga. Colocar uma cláusula em acordos com valor de rescisão de 50% ao que o profissional tem a receber até o fim do contrato é praxe no futebol, principalmente quando os profissionais estão valorizados como é o caso de Carille no momento.

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Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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