Burocracia deve impedir Jorge Sampaoli de devolver salário ao Santos

Sampaoli orienta jogadores antes de mais um jogo do Campeonato Paulista (Crédito: Ivan Storti/Santos FC)
A disposição do técnico Jorge Sampaoli em devolver seu salário enquanto parte do elenco não recebe em dia é considerada internamente no Santos algo improvável de acontecer. A burocracia para isso, segundo o blog apurou, principalmente com questões referentes a impostos já pagos torna o procedimento complicado. Mesmo se recusar a receber é uma manobra difícil por fluxo de caixa e questões tributárias. Por enquanto não houve movimento oficial do treinador com relação a isso, até porque a diretoria promete acertar a dívida nas próximas horas.
O Santos deve um mês de salário e dois de direito de imagem a alguns jogadores. O fato incomodou Sampaoli, que publicamente avisou não achar justo ele e sua comissão técnica receberem antes do acerto com esses atletas. O salário de Sampaoli é de US$ 166 mil (R$ 643 mil) mensais e como o blog mostrou em janeiro não há multa rescisória em seu contrato. Desde que assumiu, já fez algumas reclamações públicas contra a diretoria, como por falta de reforços e, agora, pelo não pagamento do salário de parte do elenco.
A diretoria santista justifica internamente que o fluxo de caixa foi prejudicado no início do ano por dois motivos principalmente: primeiro a não entrada do esperado dinheiro da venda internacional dos direitos comerciais do Campeonato Brasileiro — a CBF havia fechado com uma empresa, a BR Foot, mas desfez o acordo por falta de pagamento. O caso deve parar na Justiça. O segundo é a decisão de não antecipar as receitas das vendas de Rodrygo e de Bruno Henrique, que foram feitas parceladamente.
O clube tem a receber do Real Madrid um valor em julho por Rodrygo e ainda duas parcelas da negociação de Bruno Henrique ao Flamengo. A ideia no começo do ano era fazer uma antecipação de recebíveis com instituições financeiras relação a esses dois valores, mas o presidente José Carlos Peres acabou desistindo.
O atraso no pagamento repercutiu mal não só internamente, mas também fora do clube. Havia, por exemplo, o contato de Sampaoli com o estafe de Alexandre Pato, no mercado depois de rescindir na China. A informação de que o clube atrasou salários, porém, fez com que os contatos esfriassem por parte dos procuradores do atleta. Isso também desagradou a Sampaoli, o que explica a reação de expor o problema publicamente.
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