Fifa cria bônus por 'objetivo alcançado' e Infantino fatura R$ 2 mi a mais
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, ganhou bônus de US$ 555 mil (R$ 2,14 milhões) em 2018 por objetivos alcançados na entidade. O valor se juntou ao US$ 1,98 milhão (R$ 7,6 milhões) que recebeu de fixo, totalizando US$ 2,53 milhões (R$ 9,7 milhões) em salários no ano passado. A secretária-geral Fatma Samoura também teve o extra, de US$ 195 mil (R$ 754 mil), totalizando 1,53 milhão (R$ 5,9 milhões) de remuneração.
Chamadas de "salário variável" em relatório, as bonificações foram uma novidade no pagamento aos dois principais executivos da Fifa. A aprovação de bônus por metas conquistadas foi feita em dezembro de 2017, sem muito alarde, pelo subcomitê de compensações da entidade, ligado ao Comitê de Finanças. A ideia foi criar mecanismos parecidos com de uma empresa, onde os CEOs ganham fixos, mas também extras dependendo do desempenho da companhia.
O blog apurou que entre esses objetivos estavam incluídos o foco na saúde financeira da Fifa e resultados positivos no desenvolvimento do futebol em países normalmente relegados a segundo plano, principalmente da África e Ásia, em projetos de sucesso para o futebol feminino e manter uma melhora da imagem da Fifa, abalada desde 2015 após escândalos de corrupção que levaram dezenas de cartolas para a cadeia.
O bônus pago aos executivos não significou 100% do variável possível, mas esteve próximo disso principalmente pelo alto faturamento com a Copa do Mundo de 2018, que teve receita de mais de US$ 5,4 bilhões (R$ 20,6 bilhões). O evento foi considerado comercialmente um sucesso depois de temor de fuga de anunciantes por causa da crise institucional e as saídas do ex-presidente Joseph Blatter e do ex-secretário-geral Jérôme Valcke, acusados de negociações que poderiam ter lesado a Fifa.
Sem o variável, Infantino recebeu US$ 1,52 milhão (R$ 5,8 milhões) em 2017, US$ 1 milhão a menos portanto. Samoura ganhou há dois anos US$ 1,33 milhão (R$ 5,14 milhão), uma diferença bem menor do que o presidente, mesmo com a bonificação.
Os 36 membros do Conselho da entidade ganharam em 2018 o mesmo valor de 2017: aqueles que também são vice-presidentes da entidade e presidentes das confederações, como o paraguaio Alejandro Dominguez, da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), ganharam uma "compensação" total, termo usado pela Fifa, de US$ 300 mil (R$ 1,1 milhão), mais diárias quando participantes das reuniões. Outros integrantes, como o brasileiro Fernando Sarney, vice da CBF, faturaram US$ 250 mil (R$ 966 mil).
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