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Marcel Rizzo

Gabigol tem média que pode aproximá-lo do maior artilheiro dos Brasileiros

Marcel Rizzo

16/09/2019 12h00

A média de gols de Gabriel Barbosa no Brasileiro o credencia a ficar perto dos maiores artilheiros de edições únicas da competição. A marca de 34 gols de Washington, na Série A de 2004 pelo Athletico-PR, esteve longe de ser batida nos últimos anos, principalmente porque naquele campeonato cada time fez 46 jogos com 24 equipes participantes — contra 38 confrontos atualmente com 20 concorrentes.

Gabigol, como é conhecido o atacante do Flamengo, anotou 16 vezes em 15 participações no primeiro turno do Brasileiro-2019, média pouco superior a um gol por partida. Ele tem seis a mais que o vice-líder na estatística, Gilberto, do Bahia, com 10 e só dois a menos do que ele mesmo fez no Brasileiro-2018, quando anotou 18 vezes e terminou como principal goleador da competição. Aliás, desde 2015, com os 20 de Ricardo Oliveira, no Santos, que o principal artilheiro da Série A não iguala ou ultrapassa os 20 gols.

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Tudo vai depender, claro, de quantos jogos Gabriel fará no segundo turno. O Flamengo está na semifinal da Libertadores, e apesar de não ser um procedimento comum na estratégia de Jorge Jesus poupar atletas é possível que faça isso na reta decisiva do torneio sul-americano. Há sempre possibilidades de lesões e suspensões, por isso fazendo uma projeção viável das mesmas 15 partidas que esteve em campo no 1º turno, mantendo a média Gabriel bateria na marca dos 32 gols.

Seria o segundo maior artilheiro de edições do Campeonato Brasileiro, superando os 31 de Dimba, pelo Goiás, no Brasileiro também inchado de 2003, e passaria artilheiros importantes da história da competição como Edmundo, que em 1997 anotou 29 vezes pelo Vasco e Reinaldo, autor de 28 gols pelo Atlético-MG em 1977.

Mas mesmo que Gabriel tenha um segundo turno menos produtivo, ele tem tudo para bater um número que os artilheiros do Brasileiro não conseguiram superar depois dos 34 de Washington: o 23. Jonas, pelo Grêmio em 2010, e Borges, pelo Santos no ano seguinte, marcaram 23 vezes, o recorde pós-2004.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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