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Marcel Rizzo

CBF diz que não estava recebendo e rompe com patrocinador da seleção

Marcel Rizzo

14/11/2019 04h00

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) rompeu com um de seus patrocinadores, a Ultrafarma. Em nota enviada ao blog, a entidade informou que "em razão de inadimplemento contratual por parte da empresa, a CBF notificou-a e interrompeu a exibição da marca". Procurada, a empresa do ramo farmacêutico ainda não respondeu.

O contrato com a Ultrafarma foi simbólico para a CBF por ter sido fechado em julho de 2015, menos de dois meses depois de estourar o escândalo de corrupção no futebol que levou à cadeia José Maria Marin, então vice-presidente da entidade. Marco Polo Del Nero, presidente à época, acabou banido do futebol pela Fifa em 2018 pelas mesmas acusações de recebimento de propina de empresas de marketing esportivo. Ambos negam os delitos.

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O acordo com a Ultrafarma chamou a atenção também à época pelo prazo longo, de 30 anos, com revisão a cada cinco – o valor não foi divulgado, mas era o de menor escala entre os patrocinadores da confederação, na casa dos R$ 9 milhões anuais. Acabou terminando antes mesmo da primeira revisão.

O blog apurou que CBF e Ultrafarma renegociaram o contrato no último ano, com os débitos, inclusive com parcelamento da dívida. Como os pagamentos continuaram a não ser efetuados, o departamento marketing acionou o jurídico que decidiu pela quebra contratual. A marca da empresa já não aparece no site oficial da CBF e nem nos backdrops que acompanham as entrevistas dos jogadores e comissão técnica da seleção brasileira.

A rescisão entre CBF e Ultrafarma provavelmente terminará com processo judicial, mais um da entidade com empresas que a patrocinaram nos últimos anos. Acordos com pelo menos outras quatro companhias acabaram nos tribunais, em ações abertas pela confederação ou pelos ex-parceiros: Unimed, P&G, Sadia e Samsung.

Já sem contar a Ultrafarma, a CBF tem atualmente dez patrocinadores: Nike (seu principal parceiro há anos e que desembolsa a maior quantia anualmente), Itaú, Vivo, Ambev (com a marca Guaraná Antartica), Mastercard, GOL, Cimed, Semp TCL, Fiat e English Live.

Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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