Conmebol; Libertadores; Mundial; Fifa; Intercontinental – Blog do Marcel Rizzo http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br Notícias dos bastidores do esporte, mas também perfis, entrevistas e personagens com histórias a contar Wed, 15 Jan 2020 04:00:01 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Conmebol insiste na volta do Intercontinental, mas europeus não se empolgam http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2018/12/11/conmebol-insiste-na-volta-do-intercontinental-mas-europeus-nao-se-empolgam/ http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2018/12/11/conmebol-insiste-na-volta-do-intercontinental-mas-europeus-nao-se-empolgam/#respond Tue, 11 Dec 2018 04:00:50 +0000 http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/?p=8063 A semana da final de Libertadores em Madri serviu para o presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), Alejandro Dominguez, conversar com dirigentes da Uefa e de clubes da Europa sobre uma ideia que havia esfriado, mas como o novo Mundial de Clubes da Fifa não sai do papel o cartola resolveu reacender: o retorno do Intercontinental, o confronto entre o campeão europeu e o sul-americano. A Fifa, em 2017, já deu aval para a volta do torneio.

Dominguez é entusiasta, mas os europeus nem tanto. Há duas questões que os sul-americanos querem que fazem os europeus não se empolgarem: a primeira é que a Conmebol idealiza um torneio com dois jogos, ida e volta, na Europa e América do Sul, como foi feito entre 1960 e 1979 (antes de migrar para o Japão com o dinheiro investido pela montadora japonesa Toyota). Os europeus, entretanto, nem pensam em viajar para a América do Sul, mesmo na sua pré-temporada, entre junho e julho.

Outra questão é com relação à periodicidade. A Conmebol gostaria de anual, e argumenta que alterou seu calendário de seleções, com a Copa América ocorrendo junto com a Euro, em anos pares a partir de 2020, abrindo datas sem que os clubes europeus percam jogadores no meio do ano. Os europeus acham que incharia o calendário jogar todo ano, mas ninguém sabe também como fariam com os indicados já que Libertadores e Liga dos Campeões ocorrem anualmente: se o torneio fosse a cada dois ou três, quais times disputariam?

Há uma questão também de patrocínio. Se o torneio fosse realizado no meio do ano, durante a pré-temporada dos europeus, há a possibilidade de o vencedor da Liga dos Campeões não usar força máxima, e isso pode dificultar a procura por empresas que topem colocar dinheiro na competição. Há quem defenda usar a estratégia utilizada entre 1980 e 2004, quando uma empresa bancou a competição, e o jogo único era realizado em seu país (Toyota e Japão, como já citado). Nesse formato, o mercado asiático e o norte-americano são os alvos – os europeus não torceriam tanto o nariz para viajar para EUA ou China, por exemplo.

Entre 1960 e 1979, os vencedores da Libertadores e do continental europeu jogavam partidas de ida e volta, em suas casas, ou seja, na Europa e na América do Sul. A partir de 1980, com patrocínio de empresa japonesa, o jogo passou a ser único, no Japão. Em 2004 ocorreu a última edição porque no ano seguinte a Fifa passou a organizar seu Mundial como é conhecido hoje, nas mesmas datas em que ocorriam o Intercontinental. Santos duas vezes (1962 e 1963), o Flamengo (1981), o Grêmio (1983) e o São Paulo duas vezes (1992 e 1993) foram os brasileiros que venceram o Intercontinental.

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Intercontinental aparece em regulamento da Libertadores e ganha força http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2018/01/13/intercontinental-aparece-em-regulamento-da-libertadores-e-volta-ganha-forca/ http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2018/01/13/intercontinental-aparece-em-regulamento-da-libertadores-e-volta-ganha-forca/#respond Sat, 13 Jan 2018 04:00:35 +0000 http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/?p=4508 No regulamento da Copa Libertadores aparece a possibilidade de o time campeão voltar a disputar a Copa Intercontinental, o confronto entre os melhores da América do Sul e da Europa que foi disputado entre 1960 e 2004 e que recentemente ganhou a chancela da Fifa de Campeonato Mundial.

A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e a Uefa (União Europeia de Futebol) trabalham para que o jogo retorne, com o aval da Fifa, provavelmente a partir de 2019 — por isso a importância de se deixar claro no regulamento da Libertadores de 2018 que o campeão dessa edição pode ser o representante sul-americano no Intercontinental se ele voltar a ocorrer no próximo ano.

O artigo 14 do regulamento específico da Libertadores-2018 diz que “se o clube campeão da Copa Libertadores desistir de participar da Recopa ou Mundial de Clubes, e eventualmente da Copa Intercontinental, será substituído pelo vice-campeão ou, em sua falta, pelo seguinte melhor time na classificação da referida Libertadores. O time campeão que desistir de participar das mencionadas Copas não poderá disputar a Libertadores ou qualquer torneio organizado pela Conmebol pelas próximas cinco edições para qual tenha se classificado”.

Colocar o “eventualmente” na possibilidade de disputa da Copa Intercontinental é importante porque o confronto não tem confirmação ainda. A Recopa a que se refere o artigo é o enfrentamento entre o campeão da Libertadores-2018 contra o vencedor da Sul-Americana-2018, que ocorre em 2019. E o Mundial de Clubes é o da Fifa, que em 2018 será disputado nos Emirados Árabes Unidos novamente — esse torneio, que não dá lucro à Fifa e tem o regulamento criticado, pode estar com os dias contados no formato atual.

Mas se a Copa Intercontinental só deve voltar em 2019, porque o campeão de 2018 seria o representante, e não quem ganhar a Libertadores do ano que vem? Simples: porque Uefa e Conmebol ainda avaliam qual a melhor data para a realização do jogo, que deve ser único. Há possibilidade de ser realizado no meio do ano, entre junho e agosto, antes do inicio do calendário europeu e bem no meio da disputa da Libertadores, o que faria com que o time vencedor do torneio do ano anterior seja o indicado sul-americano para o confronto.

As confederações procuram patrocinadores que banquem a volta do jogo. Entre 1960 e 1979, os vencedores da Libertadores e do continental europeu jogavam partidas de ida e volta, em suas casas, ou seja, na Europa e na América do Sul. A partir de 1980, com patrocínio de empresa japonesa, o jogo passou a ser único, no Japão. Em 2004 ocorreu a última edição porque no ano seguinte a Fifa passou a organizar seu Mundial como é conhecido hoje, nas mesmas datas em que ocorriam o Intercontinental.

As entidades querem o formato de partida única, mas não necessariamente em sede fixa. A ideia é levar a partida para países que tenham interesse em pagar, como China, Coreia do Sul, Qatar e EUA.

Ainda não há uma data estipulada para que se defina a volta do Intercontinental, até porque depende do investimento que vai ser levantado. É preciso também que a Fifa defina o que fará com o seu Mundial, que pode ter formato alterado de anual para quadrienal, com mais equipes na disputa (algo, porém, que desagrada aos europeus).

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