Conmebol; Libertadores; Mundial; Fifa; São Paulo; Corinthians; Cruzeiro – Blog do Marcel Rizzo http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br Notícias dos bastidores do esporte, mas também perfis, entrevistas e personagens com histórias a contar Wed, 15 Jan 2020 04:00:01 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Fifa se reunirá para decidir se Santos, Fla e Grêmio são campeões do mundo http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2017/10/18/fifa-se-reunira-para-decidir-se-santos-fla-e-gremio-sao-campeoes-do-mundo/ http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2017/10/18/fifa-se-reunira-para-decidir-se-santos-fla-e-gremio-sao-campeoes-do-mundo/#respond Wed, 18 Oct 2017 04:00:01 +0000 http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/?p=3594 O tema é polêmico e terá mais um capítulo na próxima semana. O Conselho da Fifa (antigo Comitê Executivo) colocou em pauta e vai discutir na sexta-feira da próxima semana, dia 27 de outubro, reconhecer como campeões mundiais os clubes vencedores da Copa Intercontinental, o confronto entre europeus e sul-americanos que durou de 1960 até 2004.

O blog apurou que a solicitação para incluir a discussão partiu da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), e que há a possibilidade de finalmente a Fifa afirmar com todas as letras que os vencedores daqueles confrontos podem ser chamados de campeões mundiais.

Isso afeta diretamente quatro brasileiros que ganharam o torneio: o Santos, bicampeão em 1962 e 1963, o Flamengo, vencedor em 1981, o Grêmio, que conquistou em 1983, e o São Paulo, que levantou o troféu duas vezes, em 1992 e 1993 (e que já ganhou um Mundial organizado pela Fifa, em 2005).

Na discussão que terá o Conselho da Fifa na próxima semana, a princípio a Copa Rio de 1951, ganha pelo Palmeiras, e a de 1952, vencida pelo Fluminense, não estarão na pauta.

A articulação para que a Copa Intercontinental seja chancelada como Mundial faz parte do projeto de que o confronto entre o campeão da Liga dos Campeões o melhor time da Libertadores volte a ocorrer. A Conmebol e a Uefa (União Europeia de Futebol) já procuram investidores, com o aval da Fifa, que deve transformar o seu Mundial em um torneio quadrienal –será na data que ficará vaga com a extinção da Copa das Confederações nos anos que antecedem à Copa do Mundo (leia mais sobre esse novo campeonato aqui). Provavelmente tudo isso aconteça a partir de 2021.

Conturbada

A relação da Fifa com torneios internacionais que ocorreram antes de a entidade criar o seu Mundial de Clubes, em 2000, é cheia de idas e vindas. Em janeiro deste ano, após ser questionada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, a Fifa afirmou que considera campeões mundiais somente os clubes vencedores de seus torneios, que ocorreram em 2000 e depois ininterruptamente a partir de 2005 – os brasileiros Corinthians, duas vezes, São Paulo e Inter ganharam essa competição.

Dez anos atrás, o Palmeiras conseguiu documento da Fifa, assinado pelo então secretário-geral da entidade, o suíço Urs Linsi, considerando a conquista da Copa Rio em 1951, torneio internacional disputado no Brasil que teve presença de clubes importantes como a Juventus da Itália, como um título mundial de clubes. No decorrer dos anos, porém, a Fifa reiterou que classificava a conquista palmeirense como o primeiro título global, e que os campeões mundiais eram aqueles times vencedores dos torneios organizados por ela, a partir de 2000.

O Conselho da Fifa é formado por 37 membros, incluindo o presidente Gianni Infantino. São cinco representantes da América do Sul, entre eles o presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez, e o brasileiro Fernando Sarney, vice-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) — a reunião ocorrerá na Índia, país que recebe neste momento o Mundial Sub-17.

A Copa Intercontinental foi criada em 1960 como uma maneira de incentivar o intercâmbio entre as escolas europeia e sul-americana, as mais poderosas do planeta. Até 1979 (com exceção de 1975, quando não foi disputada devido a entrave de calendário), o confronto era disputado em jogos na casa de cada um dos times envolvidos, ou seja, na Europa e na América do Sul.

A partir de 1980, com patrocínio da montadora japonesa Toyota, a disputa passou a ser em partida única, sempre no Japão. A nova Copa Intercontinental, se sair do papel, também deverá ser em jogo único, e a tendência é que a sede seja alterada a cada ano – vai depender muitos da nacionalidade das empresas que topem bancar o projeto.

O blog enviou à Fifa perguntas por mais detalhes da reunião do Conselho, mas a entidade respondeu que só tratará dos temas após o encontro.

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Maracanã se torna favorito para ter 1ª final da Libertadores em jogo único http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2017/10/14/maracana-se-torna-favorito-para-ter-1a-final-da-libertadores-em-jogo-unico/ http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2017/10/14/maracana-se-torna-favorito-para-ter-1a-final-da-libertadores-em-jogo-unico/#respond Sat, 14 Oct 2017 04:00:53 +0000 http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/?p=3561 O estádio do Maracanã ganhou força como principal candidato a receber a primeira final em jogo único da Libertadores. A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) ainda vai definir se o torneio terá decisão em uma só partida já em 2018 ou somente a partir de 2019.

A Conmebol flertava com Miami, nos EUA, como sede do primeiro confronto final único da Libertadores, mas desanimou por dois motivos: primeiro porque as confederações filiadas se mostraram contra, principalmente as menores (Bolívia, Venezuela e Equador), que não veem com bons olhos justamente nos primeiros testes de um novo formato de finalíssima jogar fora da América do Sul.

O segundo motivo foi que a não classificação dos EUA para a Copa do Mundo da Rússia 2018 deve esfriar o investimento do futebol (soccer por lá) no país pelos próximos dois ou três anos. A ideia da Conmebol seria usar o mercado americano para atrair novos patrocinadores e conseguir quantias maiores nas vendas, por exemplo, do naming rights da Libertadores e de placas estáticas que ficam nos gramados.

Em março, a Conmebol fechou justamente com uma empresa americana, a IMG, contrato para que ela venda os direitos comerciais da Libertadores – já houve acordos com Gatorade, Amstel e DHL, empresa de logística. Agora, teme-se uma retenção de gastos no mercado americano com o esporte, então a avaliação é esperar para jogar lá.

Com os olhos voltados somente para a América do Sul, o Maracanã se torna a principal opção por dois fatores principalmente: histórico e logística. Uma primeira final única precisa ter um contorno especial, inclusive para vendê-la comercialmente. E o Maracanã é, para a Conmebol, o estádio com perfil mais adequado a isso.

Há também a facilidade de deslocamento do Rio para outros países da América do Sul que possam ter times nessa decisão. E mais: estrutura para receber patrocinadores, torcedores e todos aqueles que irão aparecer na semana que antecederá o jogo. A Conmebol já definiu que a final única da Libertadores será realizada sempre aos sábados – hoje a final em duas partidas ocorre preferencialmente às quartas-feiras.

Além do Rio, as cidades de Lima, no Peru, São Paulo, Montevidéu, no Uruguai, e Buenos Aires, na Argentina, aparecem como candidatas a receber a final única da Libertadores, seja a primeira delas ou as sequenciais. A ideia na Conmebol é, como a Uefa (União Europeia de Futebol) faz com a Liga dos Campeões, definir sempre com dois ou três anos de antecedência onde ocorrerão esses confrontos.

Em dezembro, durante o sorteio dos grupos da edição de 2018 da Libertadores, será definido se essa final única já ocorrerá no ano que vem, em 1º de dezembro, ou apenas em 2019.

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Novo Mundial da Fifa: já há lobby para campeão da Sul-Americana ter vaga http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2017/09/12/novo-mundial-da-fifa-ja-ha-lobby-para-campeao-da-sul-americana-ter-vaga/ http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2017/09/12/novo-mundial-da-fifa-ja-ha-lobby-para-campeao-da-sul-americana-ter-vaga/#respond Tue, 12 Sep 2017 04:00:06 +0000 http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/?p=3205 Confederações de menor expressão da América do Sul querem que a Copa Sul-Americana dê uma vaga ao novo Mundial de Clubes que a Fifa estuda tirar do papel em 2021.

Bolívia, Venezuela e Peru pretendem levar essa ideia à Conmebol em dezembro, quando deve ser conversado sobre critérios de classificação para o Mundial quadrienal, e mais inchado, com 24 clubes, que a Fifa quer que substitua no calendário a Copa das Confederações e no formato o atual Mundial, realizado anualmente, mas com apenas sete participantes.

A Conmebol poderia ter cinco vagas, como publicou o jornal espanhol “Mundo Deportivo”. O primeiro projeto levado à tona dentro da Confederação Sul-Americana era o de classificar os quatro campeões da Libertadores nos anos anteriores ao Mundial, mais o melhor classificado no ranking da competição que a entidade atualiza uma vez por ano.

O critério ranking não agradou às confederações menores, que avaliam como nulas desta maneira chance de classificar seus clubes a algum Mundial. Na pontuação atual, só vai aparecer um time diferente de Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Colômbia na 18ª colocação, com o Emelec, do Equador. O Boca Juniors (ARG) lidera, seguido por River Plate (ARG), Atlético Nacional (Colômbia), Nacional (URU), Penãrol (URU) e São Paulo.

Como mostrou o blog, o confuso critério de pontuação, que conta campanhas nos últimos dez anos da Libertadores e até nas primeiras divisões dos Campeonatos Nacionais, depõe contra o ranking, por isso essas confederações defendem critério de boa campanha em torneio específico para uma vaga – seria indicado ao Mundial os quatro últimos campeões da Libertadores, mais o último vencedor da Sul-Americana (no caso, o de 2020 se o novo Mundial começar em 2021).

Segundo torneio em importância no continente, que classifica equipes em posições intermediárias nos torneios nacionais, a Sul-Americana ganhou mais peso a partir de 2017 porque times eliminados na fase de grupos da Libertadores ganharam vaga na competição, que é toda realizada no formato mata-mata (a Libertadores tem sua fase de grupos).

Mesmo com o aumento da competitividade, as confederações menores avaliam que teriam mais chance de ter times no Mundial via Sul-Americana do que na Libertadores ou por ranking. Desde 2002, quando recebeu esse nome (antes foi Copa Conmebol), o torneio número 2 do continente teve times de sete países diferentes erguendo a taça. Já na Libertadores, no mesmo período, foram campeãs equipes de cinco países.

O trio de confederações que vai pedir a Sul-Americana como critério de classificação devem solicitar apoio do Chile, que não tem um time campeão da Libertadores desde 1991 (com o Colo Colo), e do Equador, que só fez uma vez o campeão, a LDU, em 2008.

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O ranking maluco que clubes brasileiros dependerão para ir ao novo Mundial http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2017/08/31/o-ranking-maluco-que-clubes-brasileiros-dependerao-para-ir-ao-novo-mundial/ http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/2017/08/31/o-ranking-maluco-que-clubes-brasileiros-dependerao-para-ir-ao-novo-mundial/#respond Thu, 31 Aug 2017 04:00:00 +0000 http://marcelrizzo.blogosfera.uol.com.br/?p=3116 Se for aprovado o novo formato do Mundial de Clubes da Fifa, com 24 equipes, a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) deve usar o seu ranking de clubes da Libertadores como um dos critérios de classificação para o torneio.

 O jornal espanhol “Mundo Deportivo” publicou no sábado (26) que a Fifa quer acabar com a Copa das Confederações, disputada por seleções e em seu lugar, a partir de 2021 e sempre nos anos ímpares anteriores às Copas do Mundo, criar um Mundial de Clubes encorpado, quadrienal e com 24 participantes. Ele substituiria o formato atual, que é anual e tem sete concorrentes.

O blog confirmou que esta é a proposta que mais agrada a cartolas, e que a Conmebol receberia cinco vagas (a Europa teria 12, África e Ásia dois, Américas do Norte e Central e Oceania uma e o país-sede a outra). Cada confederação informaria à Fifa como seria o sistema de classificação para o torneio, e a Conmebol já estuda como seria feito na América do Sul.

A ideia, a princípio, é que os quatro campeões da Libertadores anteriores à disputa do Mundial teriam vaga garantida. O quinto classificado sairia pelo ranking da Libertadores da Conmebol, que hoje serve apenas para decidir quem é cabeça de chave no sorteio de grupos de sua principal competição. 

Polêmico

Há algumas lacunas nesse primeiro esboço. Primeiro: se um mesmo time vencer a Libertadores no período entre os mundiais, quem fica com a vaga que sobra? Os vice-campeões se enfrentariam para decidir o classificado? Abre mais uma posição por meio do ranking? Ninguém sabe ainda, já que não passa de  um estudo pois nem a Fifa bateu o martelo no Mundial modificado.

Mas, se confirmada, a classificação pelo ranking da Libertadores vai gerar polêmica. A pontuação leva em conta a participação no torneio nos últimos dez anos, a participação histórica, ainda na Libertadores, e os títulos conquistados no Campeonato Nacional de cada país, também como base os dez últimos anos.

Por exemplo: o ranking de 2017 deu 1000 pontos para cada time campeão da Libertadores nos últimos dez anos (2007 a 2016), outros 100 a qualquer time que tenha sido campeão da competição entre 1960 e 2006, e outros 50 aos vencedores das primeiras divisões nacionais em 2016. Uma soma quase tão intrincada quanto outro ranking polêmico, o da Fifa, que com seus coeficientes complicados muitas vezes não reflete nas posições as melhores seleções do momento.

No ranking Libertadores da Conmebol em 2017, por exemplo, o Boca Juniors lidera, mas nem participou da edição deste ano — ele seria indicado mesmo assim se tivéssemos um Mundial em 2017? Os cinco primeiros são: Boca (ARG), River Plate (ARG), Atlético Nacional (COL), Nacional (URU) e Peñarol (URU).

O melhor brasileiro aparece em sexto, o São Paulo, seguido pelo Cruzeiro, sétimo, e pelo Corinthians, oitavo. Nenhum dos três esteve na edição deste ano da Libertadores. O Atlético-MG, em nono, foi eliminado nas oitavas de final pelo boliviano Jorge Wilstermann, o 75º.

A questão do ranking será debatida, e até um novo modelo, que pontue a participação em todas as competições do continente, incluindo a Copa Sul-Americana, pode ser usado. A Conmebol vai esperar a Fifa confirmar o Mundial modificado, o que não tem data para ocorrer, para que chame os filiados para definir o critério de classificação. O ranking, de qualquer maneira, estará na pauta.

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