Patrocinadores fazem ganhar força Libertadores com final em jogo único
Marcel Rizzo
13/03/2017 11h00
A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) não desistiu de que a final da Libertadores, no futuro, seja disputada em partida única, como ocorre com a decisão da Liga dos Campeões da Europa. E, agora, a confederação tem aliados para o projeto.
Os patrocinadores da competição são favoráveis a um só jogo para definir o campeão. O principal motivo para isso é que, em uma cidade e estádio escolhidos previamente para a finalíssima, seria priorizado um local com estrutura adequada para que os patrocinadores pudessem usar a semana prévia para expor sua marca – a ideia é que o confronto ocorra num final de semana.
Hoje, há cidades e principalmente estádios com estruturas precárias na Libertadores, e o recente equilíbrio de forças na América do Sul fez com que países que anteriormente jamais almejassem a vaga na final chegassem até essa fase – vide, em 2016, o Independiente Del Valle, do Equador.
A exposição da marca em um evento único e com os times chegando na cidade programada com antecedência também seria muito maior do que ocorre hoje, porque atrairia interessados de três mercados – os países dos dois times finalistas, e daquele em que a partida ocorre.
Inicialmente, a Conmebol pensou até em adotar esse sistema para a final em 2017, mas não houve consenso entre os membros do Conselho da entidade, o antigo Comitê Executivo, principalmente porque alguns países reclamaram que poderia ser difícil para que torcedores se deslocassem ao jogo – de fato, o transporte entre os países da América do Sul é bem mais complicado do que entre os países europeus para a final da Liga dos Campeões.
A Conmebol tem a Bridgestone como detentora do naming rights, a marca atrelada ao nome da Libertadores, contrato que termina nesta competição de 2017. A entidade quer usar o atrativo de uma semana de exposição com jogo único em um mercado atraente para valorizar o naming rights do torneio no próximo contrato.
A Bridgestone pagou US$ 57 milhões (R$ 179 milhões, em cotação atual) por cinco anos de contrato, ou seja, US$ 11,4 milhões (R$ 35,8 milhões) por temporada.
Na semana passada, a entidade anunciou que fechou acordo com a cervejaria Amstel como nova patrocinadora da Libertadores até 2020. A ideia é que em 2018 já se faça a final do torneio, que pelo novo calendário é disputada agora ao final do ano, em uma só partida, o que já seria do agrado do novo parceiro.
Os valores do acordo com a Amstel não foram divulgados.
Sobre o Autor
Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.
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