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Ásia e EUA apoiam e Fifa deve dar títulos mundiais a Fla, Santos e Grêmio

Marcel Rizzo

24/10/2017 04h00

A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) pretende chegar na reunião de sexta-feira (27) do Conselho da Fifa com apoio de membros das Américas do Norte e Central, principalmente os EUA, e da Ásia em seu pedido para que sejam considerados campeões mundiais que os vencedores da Copa Intercontinental, o confronto entre clubes europeus e sul-americanos de que durou de 1960 a 2004.

Essa decisão afeta diretamente quatro brasileiros que ganharam o torneio: o Santos, bicampeão em 1962 e 1963, o Flamengo, vencedor em 1981, o Grêmio, que conquistou em 1983, e o São Paulo, que levantou o troféu duas vezes, em 1992 e 1993 (também já venceu um dos Mundiais organizados pela Fifa, o de 2005).

Como o blog mostrou na semana passada, a Copa Rio de 1951, vencida pelo Palmeiras e já considerada pela Fifa como primeiro campeonato global, e a Copa Rio de 1952, que o Fluminense ganhou, não estarão na pauta da reunião que será realizada na Índia (onde acontece neste momento o Mundial Sub-17).

Os apoios têm sido costurados diretamente pelo presidente da entidade sul-americana, o paraguaio Alejandro Dominguez. Com relação aos membros da Concacaf (Confederação das Américas do Norte, Central e Caribe), há promessa de aval irrestrito da América do Sul à candidatura tríplice de Canadá, México e EUA como sede da Copa do Mundo de 2026 – Marrocos também tem interesse pelo Mundial.

Já o interesse dos asiáticos em apoio ao Intercontinental visa aproximação para que o continente possa voltar a ser sede do confronto entre o campeão da Liga dos Campeões o melhor time da Libertadores. Entre 1980 e 2004, o Japão foi sede do confronto único – antes, entre 1960 e 1979 (com exceção de 1975, que não houve o jogo por entreve de calendário), o Intercontinental era disputado em duas ou três partidas, nas casas dos times envolvidos.

A Conmebol e a Uefa (União Europeia e Futebol) já têm procurado investidores para que a Copa Intercontinental volte a acontecer, não antes de 2019, já que a Fifa pretende modificar seu Mundial, o deixando quadrienal em anos anteriores à Copa do Mundo. E a Ásia tem forte interesse em receber essas partidas do Intercontinental novamente – não somente o Japão, mas também a Coreia do Sul e a China se entusiasmaram com a ideia.

Como mostrou o blog do Rodrigo Mattos, a Conmebol também foi atrás da Uefa pelo apoio dos europeus, claro, já que clubes do continente também participaram dos jogos, mas a importância dada por lá ao Intercontinental, e até mesmo ao Mundial realizado pela Fifa em 2000, e ininterruptamente a partir de 2005, é menor do que na América do Sul.

De qualquer forma, é quase certo que os europeus também apoiem a iniciativa, o que deve dar uma vitória fácil à demanda da Conmebol no Conselho da Fifa (o antigo Comitê Executivo). Com os cinco membros da América, mais cinco da Concacaf e sete da Ásia, são 17 dos 37 membros apoiando o pleito. A Uefa tem mais nove, além do presidente Gianni Infantino.

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Sobre o Autor

Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.

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Notícias dos bastidores do esporte, mas também perfis, entrevistas e personagens com histórias a contar.


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