Santos não desiste e monta projeto de marketing para ter Diego e Robinho
Marcel Rizzo
30/10/2017 12h00
A diretoria do Santos tem meta ousada para 2018: reeditar a dupla Diego e Robinho 14 anos depois. No clube, há aposta de que financeiramente seria interessante tê-los e que projetos de marketing com a marca "Diego-Robinho" poderiam fazer o clube ganhar dinheiro não só para bancar os dois jogadores, como também para investimento em outros atletas.
A ideia passa até por lançar produtos com os dois, passando sempre a ideia de dupla. Eles foram lançados pelo clube, em 2002, antes de estourarem para seleção brasileira e serem negociados a times europeus, e fariam as principais campanhas para o Santos, inclusive para patrocinadores que poderiam acertar depois das contratações.
Robinho é um sonho mais fácil de se concretizar, já que o atacante de 33 anos tem contrato terminando com o Atlético-MG. Em entrevistas recentes, o jogador reiterou vontade de renovar com o time de Belo Horizonte, ganhando inclusive menos, mas o futuro atleticano é uma incógnita por um motivo: provavelmente o time terá Cuca como seu técnico em 2018, e é o treinador quem definirá quem fica e quem sai, e deve fazer isso somente a partir de dezembro.
Diego, 32 anos, tem contrato com o Flamengo até meados de 2019. Sua irregularidade, porém, tem gerado críticas na Gávea e o meia não é uma unanimidade. No Santos há quem aposte que o Flamengo toparia negociar principalmente para se livrar do alto salário de Diego.
O Santos deve perder Lucas Lima ao fim do ano – o contrato do meia chega ao fim, e a renovação está complicada. O destino do meia pode ser o futebol do exterior, mas há também interesse do Palmeiras. O Santos fez uma proposta a Lucas Lima, inclusive com incremento salarial, que se não der certo serviria para bancar parte do projeto "Diego-Robinho" de volta. E como já publicou o UOL Esporte, o clube planeja também usar o dinheiro que receberá da venda de Neymar do Barcelona ao PSG, mais de R$ 30 milhões, que tem direito por ser clube formador.
A dupla surgiu para o futebol em 2002 e logo no primeiro ano entre os titulares, sob o comando de Emerson Leão, levou o Santos ao título brasileiro, batendo na final o Corinthians no último Brasileiro que teve o sistema mata-mata para definir o campeão – a partir de 2003 o torneio passou a ser configurado pelos pontos corridos, usado até hoje.
Em 2004, o Santos conquistou mais um Brasileiro com Robinho talvez na melhor fase da carreira, mas Diego participou apenas de parte da campanha ao ser vendido ao Porto-POR no meio do ano. Em 2005 foi a vez de Robinho sair, negociado com o Real Madrid-ESP.
O atacante, porém, voltou por empréstimo por duas vezes à Vila Belmiro: primeiro em 2010, cedido pelo Manchester City-ING, quando ganhou o Paulista e a Copa do Brasil. Depois em 2014 mais uma vez foi emprestado, dessa vez pelo Milan-ITA, quando ficou até 2015 em passagem mais apagada.
Sobre o Autor
Marcel Rizzo - Formado em jornalismo em 2000 pela PUC Campinas, passou pelas redações do Lance!, Globoesporte.com, Jornal da Tarde, Portal iG e Folha de S. Paulo, no qual editou a coluna Painel FC. Cobriu Copas do Mundo, Olimpíada e dezenas de outros eventos esportivos.
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